Cão português Bobi gera debate sobre sua idade e recorde no Guinness
O Guinness World Records suspende o título de Bobi, um mastim português, como o cão mais velho do mundo, em meio a suspeitas sobre a veracidade de sua idade.
A comunidade amante de animais foi surpreendida pela recente decisão do Guinness World Records de suspender temporariamente o título de “cachorro mais velho do mundo” do mastim português Bobi.
Esse acontecimento gerou um debate amplo sobre a autenticidade da idade alegada do animal, que supostamente teria vivido 31 anos e 165 dias.
Bobi, o cão recordista, ou não? – Imagem: Wired UK/Reprodução
Verificação da longevidade
A polêmica ganhou força após o jornal britânico The Guardian anunciar a decisão do Guinness.
Veterinários, como Danny Chambers, membro do Royal College of Veterinary Surgeons, expressaram dúvidas quanto à possibilidade biológica de um cão viver tanto tempo.
Em termos humanos, a idade de Bobi equivaleria a cerca de 217 anos. Observações sobre a aparência física de Bobi, como seu peso acima da média e a falta de sinais visíveis de velhice, reforçam as incertezas.
Inquéritos e descobertas
A investigação oficial do Guinness é acompanhada por um inquérito independente conduzido pelo site Wired.
As apurações revelaram que a SIAC, entidade portuguesa que confirmou a idade de Bobi, baseou-se somente nas afirmações do dono do cachorro, sem evidências concretas.
Além disso, usuários do Reddit levantaram hipóteses sobre uma possível substituição de Bobi ao longo dos anos, destacando discrepâncias em fotos antigas do animal.
Trajetória de vida e raça de Bobi
Mesmo no centro da controvérsia, a história de Bobi continua a encantar. Residente de um pequeno vilarejo perto de Leiria, Portugal, o cachorro é da raça Rafeiro do Alentejo, comumente empregada por pastores para a guarda de rebanhos.
A família Costa, proprietária de Bobi, relata que ele teve uma existência pacífica, compartilhando espaço com gatos e se alimentando de uma dieta saudável e equilibrada, composta principalmente de carne e peixe.
Enquanto o Guinness prossegue com suas investigações, o caso de Bobi permanece um mistério.
A possibilidade de fraude levanta questionamentos importantes sobre a veracidade de registros em entidades como o Guinness e a SIAC.