‘Avatar: O Caminho da Água’: ilusão ou sucesso de James Cameron?

Cameron talvez tenha se equivocado ao pensar que seguir e investir em 'Avatar' o tornaria o maior cineasta de todos os tempos.

De acordo com as afirmações de James Cameron, diretor da saga, o lançamento do filme pode não ter sido bem como ele esperava, já que o longa atualmente é segunda maior bilheteria. Muitos críticos, inclusive, ficaram surpresos com os baixos números, já que são inferiores ao que se esperava no último fim de semana.

Muitos comentaram estar bem satisfeitos com a produção; no entanto, as coisas saíram um pouco do padrão esperado, já outros afirmam que o baixo retorno pode ter se dado ao fato de que os cinemas na China, por exemplo, não estão sendo considerados, já que os números de Covid-19 voltaram a subir por lá.

Acontece que James Cameron queria um impacto ainda maior, não só em questão de bilheterias, como no fator dominante dentro do ramo cinematográfico. Ele acreditava que seria um transcendente e, com sua produção de “Avatar”, esperava ter um impacto maior até que os produtos de “Guerra nas Estrelas“, de George Lucas.

Quando o primeiro filme de Avatar foi lançado, todos falavam disso, não podiam ver azul que lembraram de Pandora, dos avatares, das aventuras e de tudo que envolve esse mundo novo que o filme estava proporcionando.

No entanto, a empolgação de Cameron em fazer apenas os filmes de “Avatar” pelos próximos 20 anos parece um tanto otimista demais, partindo do pressuposto de que os filmes precisam se conectar com o público.

No âmbito atual, o sentimento de assistir “Avatar” já não é mais o mesmo de 2009, quando cada um de nós se sentia estar em um planeta diferente, vendo inúmeras criações inexploradas.

Nesse cenário, é fácil entender por que o filme “Titanic” continua sendo um dos maiores sucessos, mesmo com uma geração tão diferente da qual quando foi lançado.

Isso ocorre porque o filme simplesmente emociona, nos faz viver como foi aquele momento angustiante e pensar em como seria se fôssemos nós ali, naquele momento.

Isso é atemporal porque qualquer um que assista sempre vai se sentir tocado de alguma forma. Além do fator primordial de que comentários como “é apenas um filme” não se ajustam muito a “Titanic”, já que “não é” só um filme, considerando que a tragédia que serviu como pano de fundo do romance foi real.

Por isso, Cameron talvez tenha errado em pensar que seguir e investir em “Avatar” o tornaria o maior sobre todos, já que o filme pode por muitos hoje ser visto como um show cinematográfico em vez de realmente se comunicar com o público.

Se continuar investindo mais nos efeitos especiais do filme, ele pode se tornar apenas mais uma série bombástica de longas, como muitas outras por aí, e não o melhor filme de todos os tempos.

Se o longa-metragem não superar as expectativas até o fim de dezembro, poderá então significar problemas em vez de inovação e legado.

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