Entenda por que ‘Avatar: O Caminho da Água’ recebeu críticas por romantizar o colonialismo

“Avatar: O Caminho da Água” é a continuação do primeiro filme, de título “Avatar”, que teve lançamento em 2009. Porém, ainda que os fãs da trama tivessem uma expectativa alta com o segundo longa-metragem, pouco tempo depois da estreia, a trama recebeu inúmeras reclamações dos espectadores, além da acusação de romantizar o colonialismo.

Continue a leitura e entenda mais sobre esse assunto que vem dando o que falar nas redes sociais.

Críticas constantes contra o filme mais esperado do ano

Com o sucesso do primeiro filme, “Avatar: O Caminho da Água” foi muito esperado pelos fãs. Contudo, após ser lançado no cinema, o longa-metragem acabou recebendo a acusação, pelo Unbothered UK, de ser basicamente uma reimaginação grosseira do colonialismo.

E apesar de muitos fãs e espectadores elogiarem a superprodução do diretor James Cameron, as críticas não pararam por aí. Ao contrário, surgiram cada vez mais com o passar dos dias.

Tendo em vista essa problemática, a autora do artigo “Analogia problemática da opressão indígena”, Shaznay Martin, afirmou que o longa-metragem trata-se de uma:

“[…] analogia problemática da opressão indígena.”

Em seu artigo, Martin também afirmou:

“Uma corporação ignorante, agressiva e faminta por dinheiro, apoiada por forças militares, deseja destruir a pátria sagrada das comunidades indígenas para obter recursos valiosos. Soa um pouco familiar para mim. Na verdade, James Cameron admitiu que ‘Avatar’ é baseado na colonização dos nativos americanos.”

Além disso, não só Shaznay Martin criticou o longa, mas, também, veículos de comunicação como o NBC News, que afirmou em um artigo:

“’Avatar: O Caminho da Água’ é um espetáculo verdadeiramente impressionante, minado por seus temas coloniais.”

E a crítica de cinema Carolyn Hinds comentou:

“Os brancos pensam no colonialismo de uma forma muito ultrapassada, equiparando-o aos peregrinos europeus do século XV. O colonialismo é uma realidade muito presente e assume muitas formas, como inserir-se em uma cultura e deslocar os locais em poder e status, por exemplo, Jake e Grace.”