Arctic Monkeys entrega TUDO no Primavera Sound
Com muito charme característico do cantor e seus óculos escuros, ele subiu no palco levando seus fãs à loucura.
Arctic Monkeys juntou uma multidão no primeiro dia do Primavera Sound, em São Paulo. O grupo inglês subiu no palco do festival trazendo um equilíbrio entre seus hits, e nisso Alex Turner sabia que não precisaria de muito esforço para ganhar o público do festival.
Com muito charme característico do cantor e seus óculos escuros, ele levou seus fãs à loucura, diferentemente do que dá a entender seu álbum mais recente, “The Car”, Turner e os Monkeys estavam ali, de corpo e alma presentes.
Nos últimos shows no Brasil, esse era o mesmo vocalista que se mostrava muito comprometido com sua personalidade de rockstar para dar atenção aos fãs e agora, voltando ao país, estava mandando beijos pontuais e até demonstrando gratidão pelos gritos e carinho.
A jogada inteligente foi um setlist que mesclou o melhor da sua discografia com músicas do novo trabalho, a reação do público realmente não poderia ser outra.
No entanto, ao vivo, é evidente que a melancolia de “The Car” não foi páreo para a energia fervilhante de “I Bet You Look Good on the Dancefloor”, o saudosismo de qualquer hit da banda, acredite se quiser, nem para as faixas do divisivo “Tranquility Base Hotel & Casino”.
O entusiasmo do baterista Matthew Helders, roubou os holofotes, isso é algo aparente na postura da própria banda, assim como no engajamento tímido dos fãs às letras de músicas como “Sculptures of Anything Goes” e “Body Paint”.
No fundo, o Arctic Monkeys demonstrou um equilíbrio interessante ao reconhecer quem foi e quem quer ser de agora em diante, apesar de ter momentos menos empolgantes, essa alternância sequer chegou a ser um problema para eles.
A visão do palco Becks, o principal no Primavera Sound, estava bastante encoberta e, infelizmente, no meio do caminho tinha uma árvore, ou melhor, muitas.