Animal mais mortal do planeta talvez não seja qual você pensa

Com menos de 3 miligramas, os mosquitos são os animais mais mortais do planeta. Eles são responsáveis por mais de 1 milhão de mortes por ano, transmitindo doenças como dengue, malária e zika.

Em países tropicais como o Brasil, a combinação de temperaturas elevadas e áreas urbanas densas cria um ambiente perfeito para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, um dos principais vetores dessas enfermidades.

O que torna os mosquitos tão perigosos?

Surpreendentemente, o que torna esse pequeno inseto tão perigoso não é sua picada em si, mas a capacidade de transmitir parasitas e vírus que causam doenças graves.

A cada ano, milhões de pessoas contraem essas enfermidades, especialmente em locais com saneamento inadequado e água parada, onde os mosquitos se reproduzem com facilidade.

Vale destacar também que o ciclo de vida rápido dos mosquitos permite que suas populações cresçam de maneira exponencial em pouco tempo.

Em questão de dias, uma pequena quantidade de água parada pode se transformar em um criadouro capaz de gerar centenas de novos mosquitos, cada um potencialmente infectado com parasitas ou vírus.

Isso torna o controle e a prevenção ainda mais desafiadores, especialmente em áreas densamente povoadas.

O impacto do clima na proliferação dos mosquitos

As mudanças climáticas têm um papel importante no aumento da reprodução dos mosquitos.

O aquecimento global, juntamente com períodos de chuvas mais longos, cria condições ideais para a proliferação dessas pragas. Como resultado, regiões afetadas por surtos de dengue e zika têm se expandido.

Entre 1979 e 2022, por exemplo, os dias favoráveis para a atividade dos mosquitos aumentaram em mais de duas semanas em várias partes do mundo.

Esse crescimento no número de dias quentes e úmidos reflete diretamente no aumento dos casos de doenças transmitidas por esses insetos.

O aumento de casos no Brasil

Nos últimos anos, o Brasil tem visto um aumento preocupante no número de casos de dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos, conhecidas como arboviroses.

Em 2024, o país enfrenta o pior surto de dengue já registrado, com mais de 11 milhões de casos. Além disso, o vírus Oropouche, com sintomas semelhantes aos da dengue, também tem se espalhado de forma alarmante.

Esses surtos já causaram mais de 7 mil mortes somente neste ano, o dobro do número registrado em 2023.

Esses dados reforçam a urgência de intensificar medidas de prevenção e controle, com campanhas de conscientização e o desenvolvimento de inovações tecnológicas para combater os mosquitos.

Soluções para combater os mosquitos

Controlar a população de mosquitos é um desafio. Entre as estratégias mais usadas estão o uso de larvicidas e a eliminação de criadouros, como água parada em vasos e pneus.

Além disso, novas tecnologias estão ajudando nessa luta, como os mosquitos geneticamente modificados, que reduzem a capacidade reprodutiva do Aedes aegypti.

Essas medidas, somadas ao esforço coletivo da população para eliminar focos de água parada, são essenciais para conter o avanço das doenças transmitidas por mosquitos.

Combater essa ameaça exige um trabalho conjunto, mas com as ferramentas e atitudes certas, é possível diminuir significativamente o impacto dessas pragas.