Quais são os repelentes mais eficazes contra o mosquito-da-dengue? Anvisa indica

Agência dá dicas de uso e determina quais produtos e substâncias têm maior poder de controle contra o mosquito.

O Brasil ultrapassou a marca de 1,8 milhão de casos de dengue só este ano. Os índices de contaminação já indicam que o país está perto de viver a maior epidemia da doença de todos os tempos.

Uma das soluções para se proteger, além de adotar medidas para evitar a proliferação do mosquito, é usar repelente.

Nesse caso, existem tanto os repelentes aplicados diretamente na pele quanto os que são destinados ao ambiente.

Alguns aspectos, no entanto, precisam ser observados quando se trata de repelente. Especialmente no caso da dengue, os produtos precisam atender a critérios de eficácia e serem utilizados do modo correto.

Brasil se aproxima dos 2 milhões de casos de dengue em 2024 – Foto: Reprodução

O que diz a Anvisa?

Foi pensando nisso que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou detalhes sobre quais seriam os repelentes ideais para evitar a picada do mosquito.

O detalhe básico é que produtos que possuem o ingrediente DEET não são permitidos para crianças abaixo de dois anos.

No caso daquelas que têm entre 2 e 12 anos, só é autorizado o uso de DEET, desde que a concentração não ultrapasse os 10%.

Além disso, a quantidade de aplicações deve ser limitada em, no máximo, três vezes ao dia e sem uso prolongado do produto.

Ou seja: é preciso muita atenção dos pais ou responsáveis sobre qual repelente é mais adequado para as crianças.

Outro detalhe importante é que, via de regra, os repelentes de insetos devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo.

O produto, segundo a Anvisa, só pode ser aplicado nas roupas, quando houver alguma indicação favorável no rótulo.

Repelentes contra a dengue: tipos e funções

Em relação aos tipos disponíveis no mercado hoje, há os inseticidas, geralmente indicados para matar mosquitos adultos, e os repelentes aplicados no ambiente.

Os inseticidas são vendidos em spray e aerossol e possuem substâncias que matam o inseto. Já o outro é vendido como espirais, pastilhas ou líquidos e ajuda a afastar mosquitos do local.

Quando utilizados em forma de pastilhas em aparelhos elétricos ou espirais, a dica da Anvisa é que eles não devem ser aplicados em locais com pouca ventilação, tampouco na presença de pessoas com asma ou alergias respiratórias.

A regra principal, nesse caso, é colocá-los a uma distância mínima de dois metros das pessoas. Eles podem ser empregados em qualquer ambiente da casa, desde que respeitam essas recomendações.

Sem eficácia contra a dengue

A Anvisa alerta ainda que os inseticidas “naturais”, feitos à base de citronela, andiroba, óleo de cravo e outros, não têm eficácia comprovada contra o mosquito-da-dengue.

Isso inclui, por exemplo, velas, odorizantes de ambiente e incensos que dizem possuir propriedades repelentes, mas eles não passaram por análise nem foram aprovados pela agência.

Um exemplo de produto aprovado é o óleo de neem, feito à base de azadiractina. Ele é indicado para uso em inseticidas, mas atenção: os produtos devem ser registrados pela Agência.

Com informações do site Catraca Livre.

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