Agueiros: saiba como identificar a ameaça silenciosa que mais causa mortes nas praias
Aprenda a identificar essa ameaça, quais os tipos de agueiros podem existir e como se livrar desse perigo que ronda as praias.
A fatalidade do afogamento, segundo dados recentes divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ceifa anualmente a vida de cerca de 372.000 pessoas em todo o mundo.
O mais alarmante é que mais da metade dessas tragédias acomete jovens com menos de 25 anos, consolidando o afogamento como uma das 10 principais causas de morte para essa faixa etária. As mais vulneráveis a esse perigo são as crianças de 1 a 4 anos.
Um olhar profundo sobre os perigos do agueiro
Imagem: Seán O’Halloran/Pexels
A morte por afogamento ressurge como um dos problemas mais graves. Surpreendentemente, mais de um terço de milhão de vidas são perdidas anualmente devido a essa tragédia, uma estatística que transcende fronteiras e oceanos.
O problema ganha contornos ainda mais sombrios quando observamos que os jovens são frequentemente as vítimas mais comuns.
A Associação de Nadadores-Salvadores da Nazaré, sob a orientação de Daniel Meco, destacou que os agueiros representam uma das ameaças mais letais nas praias, sendo responsáveis por uma esmagadora maioria das mortes em águas do mar, representando cerca de 80% dos casos.
Uma ameaça desprezada e poderosa
Imagem: Josh Sorenson/Pexels
Os agueiros emergem como uma das forças mais perigosas nas praias. São correntes marítimas intensas que se formam quando uma massa de água avança para a costa e, em seguida, retorna para o mar pelo caminho de menor resistência. Essa ameaça pode se manifestar de diferentes formas:
- Agueiro Fixo: uma corrente forte que permanece no mesmo local.
- Agueiro Móvel: uma corrente marítima poderosa e variável, influenciada pelo ritmo das marés.
- Agueiro Súbito: uma corrente marítima intensa que se desenvolve após um conjunto de ondas, desaparecendo antes que a próxima surja.
A conscientização como aliada
Diante dessa ameaça, a conscientização emerge como a principal aliada na luta contra o afogamento. Daniel Meco, coordenador-geral da Associação de Nadadores-Salvadores da Nazaré, adverte que os agueiros representam a principal causa de mortes por afogamento no mar.
Olga Marques, subtenente do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), aconselha que, se alguém se encontrar numa corrente marítima muito forte, a melhor estratégia é nadar paralelamente à costa. Ela acrescenta que, ao se distanciar da costa, a intensidade da corrente diminui, permitindo que a pessoa seja levada com mais segurança.