Jovens aplicam golpes envolvendo Pix para comprar produtos incomuns
Em Minas Gerais, dois jovens foram presos ao tentar realizar compra de açaí e outros produtos esquisitos com valores obtidos via golpes com Pix.
Em pouco tempo após seu lançamento, o Pix tornou-se a forma de pagamento mais utilizada no Brasil, superando até mesmo o cartão de débito.
Como já era de se esperar, uma forma de pagamento que têm seu processo de forma instantânea, a qualquer hora do dia e sem nenhum custo adicional, é extremamente atrativa para qualquer usuário que deseje realizar uma movimentação monetária.
Ao atrair tanta visibilidade para o seu processo simples de transferências, o Pix também atrai pessoas mal-intencionadas, que se utilizam de vários métodos para enganar suas vítimas e conseguir roubar-lhes dinheiro.
Vários golpes envolvem o Pix
Os golpes mais comuns utilizados por criminosos para lesar outra pessoa seguem aquele velho “modelo” de enganação comumente utilizado. Ou seja, a princípio o golpe era realizado via ligação, por meio da qual o golpista afirmava estar com algum membro da família da vítima, simulando um sequestro, e solicitava uma determinada quantia em dinheiro para libertá-la.
Contudo, hoje em dia esse tipo de golpe foi atualizado. Agora, os golpistas utilizam a foto de perfil do WhatsApp de algum conhecido e mandam mensagem para alguém de sua lista de contatos, fazendo o pedido de uma quantia em dinheiro via Pix, pois estariam necessitados no momento, isto é, eles afirmam que precisam de determinada quantia urgentemente.
Porém, além dessas, outras formas de golpe envolvem o envio de uma mensagem se passando por um banco, por exemplo, ou em alguma empresa em que a vítima possua cadastro. Dessa maneira, solicitam que ela informe o código recebido via SMS, possibilitando assim a confirmação do pagamento Pix para concluir o golpe.
Como se não bastasse, ainda existe outra forma similar a essa, na qual a vítima, que pretende fazer alguma compra, recebe um link para o pagamento. Apesar de essa ser uma forma legítima de executar o Pix, ainda assim essas práticas podem conter um formato que permite roubar os dados do usuário. Portanto, considerando tal realidade, é necessário sempre estar atento.
Golpistas presos por crimes envolvendo Pix
Apesar da criatividade dos golpistas para cometer crimes por meio do Pix, a população também está cada vez mais atenta para esse tipo de situação, tal como aconteceu recentemente em Patrocínio, Minas Gerais.
Na última segunda-feira, dia 30 de janeiro, dois jovens foram presos por executar golpes envolvendo a famosa nova forma de pagamentos instantâneos. E, segundo o que foi divulgado pela Polícia Militar, eles possuíam 14 e 20 anos de idade. O golpe, por sua vez, não é nenhum dos citados anteriormente, mas algo totalmente “fora da curva”.
Na ocasião, os golpistas fizeram toda a solicitação da compra via WhatsApp e, no momento do pagamento, como de costume, pediram o Pix do estabelecimento. Na conclusão da transação, no entanto, eles enviaram à vítima um comprovante adulterado, simulando que o pagamento havia sido feito, de fato.
Depois, o dono do estabelecimento suspeitou do golpe somente no momento que enviou o pedido. Nesse instante, ele imediatamente entrou em contato com a polícia para ir ao local de entrega. Lá, outra vítima apareceu afirmando ter sido enganada da mesma maneira.
Apesar disso tudo, o mais curioso do caso é que as compras realizadas em seguida diziam respeito a açaí e, para a segunda vítima, algumas cobertas e um urso de pelúcia.
Além disso, durante a apreensão dos produtos e prisão dos golpistas, a polícia também encontrou em posse deles cartões de banco, crachás, cartões de estudantes e de planos de saúde, todos em nome de outras pessoas.
Por sorte, a vítima conseguiu se dar conta do golpe antes de haver grandes prejuízos. De qualquer forma, é sempre importante ficar alerta para os golpes que envolvem transações bancárias, sejam elas via Pix ou não.