Pela primeira vez, uma Inteligência Artificial será usada em uma pesquisa lunar
Inteligência Artificial canadense comandará pesquisas na Lua e observações da Terra. Saiba mais.
Pode-se afirmar que atualmente um dos maiores investimentos de tecnologia é para desenvolvimento e pesquisa no universo. Para além disso, os avanços das tecnologias permitiram que diversas novidades revolucionassem várias áreas como mercado de trabalho, estudos, aparelhos, entre outros. Uma das recentes novidades do mundo moderno é a Inteligência Artificial (IA).
A Inteligência Artificial é uma área da computação capaz de desenvolver algoritmos e técnicas de software para simular a inteligência humana. Ou seja, IA tem como objetivo criar sistemas capazes de realizarem tarefas que normalmente requerem inteligência humana, como compreender o idioma natural, tomar decisões, aprender e se adaptar a novos dados.
Agora, pela primeira vez, uma Inteligência Artificial será usada em pesquisas na Lua. O sistema é canadense e vai para o espaço por meio de um rover dos Emirados Árabes Unidos, levado por um módulo de pouso japonês Hakuto-R, desenvolvido pela SpaceX.
A previsão para que o rover Rashid chegue ao satélite natural da Terra é em abril deste ano. De acordo com o site da SpaceX, essa é a primeira vez que esse tipo de tecnologia passa da órbita baixa da Terra. Dessa forma, a Inteligência Artificial canadense irá informar a partida de decisão do rover.
Segundo o CEO da MCSS (sigla em inglês para Serviços Espaciais para Controles de Missões), Ewan Reid, esse trabalho de pesquisa não será limitado a localizar água na Lua, como tem feito a NASA em seus planos de missões Artemis, pois, para Reid, a Inteligência Artificial permite uma observação mais eficiente da Terra.
“Se funcionar, isso será extremamente importante para o impulso lunar da NASA”, afirmou o CEO. “A IA será uma ferramenta de habilitação crítica para a tomada de decisões a bordo de espaçonaves”.
Nessa viagem lunar, se não houver algum problema técnico com a missão, o rover irá percorrer por aproximadamente um dia lunar, equivalente a 29 dias terrestres.
A MCSS ficará responsável por receber as imagens do equipamento por meio do Hakuto-R, e fazer as comunicações com a Terra. Com Inteligência Artificial “cada pixel na imagem será classificado como um determinado tipo de terreno”, disse o diretor que está a frente da pesquisa.
“Essa produção será então enviada para nós e vai ser usada por cientistas e engenheiros em nosso escritório em Ottawa, bem como em universidades canadenses, para ajudar a decidir para onde o rover deve ir”, acrescentou Ewan Reid.