Já ‘sentiu’ que estava sendo observado? Veja por que isso acontece, de acordo com a ciência
Alguns estudos na área psíquica podem ter revelado a razão do porquê podemos perceber quando estamos sendo observados.
Sabe aquela sensação desconfortável que você eventualmente sente ao andar pela rua e pensa ter alguém te observando? Existem algumas razões para que isso possa acontecer. Estudos na área psíquica revelam algumas teorias do porquê você pode sentir o estado de vigilância que consome a paz de qualquer pessoa.
Sem dúvidas, não há sossego ao se sentir observado ou perseguido, um incômodo incomum com a sensação de insegurança consome toda a mente até surgirem aspectos de paranoia, inclusive alguns transtornos podem ser desenvolvidos. Eventualmente, podemos, sim, atrair olhares, de qualquer ângulo ou qualquer finalidade.
Dadas as circunstâncias, essa percepção de estar sendo observado desenvolve um senso de vigilância que pode ser agressivo para seu sistema nervoso, onde é possível desenvolver alguma paranoia motivada pela insegurança ou pelo medo. Ainda assim, a razão pela qual você pode sentir e perceber isso pode estar relacionada a outros fatores.
O primeiro estudo na área para identificar que podemos perceber quando somos observados foi realizado pelo psicólogo Edward B. Titchener no ano de 1898. Sua pesquisa se iniciou posterior aos seus alunos relatarem que podiam sentir quando estavam sendo observados.
Descrente sobre a afirmação dos alunos, Titchener propôs uma experiência, ao se sentirem observados, deveriam virar e fazer contato visual para onde supostamente estaria vindo o olhar.
Em sua tese, Titchener acreditou que, no momento em que os alunos se viravam repentinamente, isso atraía atenção e olhares eventualmente da direção que olhavam.
Anos depois, o bioquímico Rupert Sheldrake, que acreditou nos alunos de Titchener, tentou uma nova experiência. Em sua pesquisa, atingiu os 55% de resultado com os alunos acertando quando alguém estava observando-os. Ao passar da marca de 50%, considerou a tese verdadeira.
No entanto, Sheldrake era considerado um “cientista marginal”, o que desfavoreceu a credibilidade dos seus resultados. Além disso, sofreu acusações sobre a ética de suas pesquisas, que revelou que alguns de seus participantes estavam sob o uso da droga MDMA.
Acreditando que a experiência de Sheldrake é estúpida, o psicólogo social Ilan Shrira resolveu enfrentar a temática e buscar alguma explicação mais plausível.
Segundo ele, a sensação de estarmos sendo observados é relacionada à visão periférica que nos permite alguma percepção lateral, ainda que não tenhamos total compreensão dessa visão em 180° graus, ela ainda nos favorece de alguma maneira.
Essa é a possibilidade mais aceita, o estudo de Sheldrake se apoiou em muitas áreas para buscar uma comprovação, sem nenhum teste realmente eficiente. Mesmo debruçado sobre a possibilidade da gravitação ou de ondas eletromagnéticas causarem essa percepção, nenhuma dessas teses foi confirmada de fato.
Sobrando para a questão de a visão periférica ser a teoria mais plausível, visto que já era conhecido que a capacidade ocular humana é de 180° graus, é possível que alguns traços de imagem sejam levados ao cérebro e, ao representarem um senso de perigo, despertam um alerta de insegurança.