Bolhas na Via Láctea podem ter surgido de buraco negro; saiba mais
O buraco negro está adormecido há muito tempo, mas isso não significa que não esteja acontecendo nada nele.
No centro da nossa galáxia, temos um buraco negro muito poderoso, e ele vem dando o que falar por conta de algumas de suas ações dentro do espaço e em relação a tudo o que acontece no Universo.
Embora o Sagitário A* esteja adormecido, não significa que não esteja acontecendo nada. Na verdade, mesmo sem atividade aparente, ele pode estar fazendo muita coisa. Isso porque há suspeitas de que ele seja o responsável pela criação das bolhas fermi e eRosita.
Cientistas acreditam que ambas resultaram de ações passadas do buraco negro. E mesmo com a descoberta das duas em épocas diferentes, elas se parecem muito. Além disso, um estudo atual mostra que os cientistas estão com a suspeita correta.
A formação das bolhas
Físico de Tóquio, Yutaka Fujita, em suas pesquisas, descobriu o que forma as bolhas: um vento poderoso de 1.000 km/s, proveniente do buraco negro Sagitário A*, encontra o gás entre o meio estelar e produz uma onda de choque que forma as bolhas.
Essa pesquisa afirmou então que as bolhas são “filhas”, por assim dizer, do buraco negro em nossa galáxia.
As bolhas têm em sua composição gás quente e campos magnéticos que emitem radiação gama, além de silício, carbono e alumínio. Os estudos para encontrar o que provocou as bolhas perduram por longos anos e tomam cada vez mais uma forma sólida, ou seja, encontram respostas significativas, como a que acabamos de ver.
O “pai” das bolhas fermi e eRosita é um poderoso buraco negro localizado na constelação de Sagitário. A descoberta dele aconteceu em 1970 e, como vimos, está em nossa galáxia, a Via Láctea.
Embora esteja inativo, ele ainda é fonte de curiosidade dos estudiosos que analisam seus feitos e resultados, como no caso das bolhas.
Esse buraco negro não é encantador só por esse motivo. Ele também é o único que dá aos cientistas a possibilidade de realizar alguns estudos, pois há possibilidade de explorar tudo o que está à sua volta, diferentemente de qualquer outro que já tenha sido estudado até o momento.