Explosão no Universo ocorre de forma inesperada e intriga cientistas
Uma explosão emite raios gama de forma diferente ao que é apontado por modelo científico atual, surpreendendo astrônomos do mundo inteiro.
Não é de hoje que os mistérios do universo vêm surpreendendo os astrônomos. A partir de cada nova descoberta, é possível que uma determinada teoria seja criada, aprofundada ou derrubada.
Um artigo publicado pela revista Nature recentemente revela que uma equipe internacional formada por astrofísicos nos relata terem descoberto uma explosão cosmológica singular de raios gama.
O surpreendente é que tal evento acaba pondo em dúvida algumas teorias que prevaleciam até então a respeito de como as violentas explosões cósmicas tendiam a se formar.
Essa explosão que é citada no artigo acaba por levar os pesquisadores a levantarem um novo modelo ou fonte para alguns tipos distintos de GRBs (Gamma Ray Bursts).
As explosões de raios gama se mostram como sendo, até então, as explosões de natureza mais luminosa e violenta de todo o universo. Elas possuem como razão a morte de estrelas ou a colisão de remanescentes estelares.
Essas explosões, em geral, acabam por ser dividas em duas categorias: GRBs de curta e de longa duração.
As de longa duração são originadas a partir da morte de estrelas muito massivas e acabam sendo associadas, em geral, àqueles fenômenos que são visíveis por um período bem curto de tempo, como, por exemplo, as supernovas.
As de curta duração possuem uma duração realmente curta, de apenas dois segundos. Estas são originadas a partiro da colisão de duas estrelas de nêutrons ou da colisão entre uma estrela de nêutrons e um buraco negro, sendo, em geral, associadas a fenômenos visíveis bem menos intensos, como, por exemplo, as kilonovas.
Ao longo de décadas, todas as GRBs mantiveram-se muito bem adequadas a essas categorias, contudo, agora, isso mudou. Isso porque, no dia 11 de dezembro do ano de 2021, uma GBR acabou acionando muitos dos detectores de raios gama espalhados pelo espaço.
Um desses detectores se tratava do telescópio espacial Fermi de raios gama, além do Observatório Neil Gehrels Swift, da Nasa. A GRB gerou uma disseminação de sinais aos detectores que durou cerca de quase 70 segundos.
Portanto, assim como você já viu neste artigo, assim como o modelo atual indica, se trataria de uma GBR de longa duração.
Contudo, foi notado por meio de muitas observações de acompanhamento, realizadas por equipes dos Estados Unidos e da Europa, uma espécie de “assinatura” que se mostrou como sendo uma descoberta surpreendente.
Confira o que disse o ex-aluno de Nevada (EUA), Bing Zhang, que trabalha atualmente na Universidade de Nanjing (China) e que foi o autor do estudo em questão:
“Essa GRB inclui duas partes: um pico forte de 13 segundos e uma emissão estendida mais suave de 55 segundos. A duração do pico forte de 13 segundos deveria ter excluído completamente essa explosão da categoria GRB curta.”
Confira agora o que o coautor do estudo e professor de Astrofísica da Universidade de Nevada (EUA), Bing Zhang, disse a respeito do que isso implicaria:
“Uma GRB tão peculiar foi a primeira de seu tipo já detectada. Essa descoberta não apenas desafiou nossa compreensão das origens da GRB, mas também nos obriga a considerar um novo modelo de como algumas GRBs se formam.”