Menino de 12 anos morre com suspeita de raiva humana em MG; entenda
O jovem era indígena e faleceu há cerca de 10 dias. O menino chegou na emergência bastante confuso e um pouco agressivo. Confira!
Na última segunda-feira (12), um jovem de apenas 12 anos faleceu na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, com suspeita de raiva humana. O jovem era indígena e a hipótese mais sugerida é que o menino tenha sido mordido por um morcego.
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Rodrigo Lobo Silva, médico emergencista, informou em entrevista ao G1, que o rapaz faleceu há cerca de 10 dias.
“Ele chegou aqui [UPA] bem confuso e um pouquinho agressivo quando chegava perto dele. Ele estava com um histórico de vômitos, dores generalizadas, febre e dificuldade para andar. Então, com o relato de ter sido mordido por morcego e com esses sintomas, com provável lesão cerebral, suspeitou-se de raiva humana”, explicou em entrevista.
A unidade de saúde não conseguiu fazer a descoberta de qual tribo o adolescente pertencia, e nem as condições em que ocorreu a mordida. O resultado do exame feito na capital mineira ainda não foi confirmado.
Raiva humana
Segundo o Ministério da Saúde, é uma doença que afeta o sistema nervoso central e ataca o portador através de um vírus transmitido por mamíferos. A doença conta com uma taxa de mortalidade próxima a 100% e leva o paciente a morte em até 7 dias após os sintomas.
Não há tratamento eficaz contra a doença, o protocolo depois dos sintomas consiste na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos. Entretanto, a vacina antirrábica que necessita de aplicação o mais rápido possível.
Os sintomas vêm à tona logo quando o vírus chega ao cérebro, geralmente aproximadamente a 45 dias da infecção, porém esse período de incubação é menor em crianças. Os sintomas inicialmente são: mal-estar geral, sensação de fraqueza, dor de cabeça, febre baixa e irritabilidade.
“Infelizmente, os casos de raiva humana são 100% fatais. A gente não tem histórico de cura da raiva. Alguns materiais foram coletados para exames mais específicos. Fizemos coleta de líquor, uma biópsia de folículo piloso e as sorologias específicas”, completou o médico.