Mau presságio ou fim do mundo: como os povos antigos explicavam o eclipse lunar?
Descubra como babilônios, gregos e outros povos antigos explicavam o mistério dos eclipses lunares. Teorias podem surpreender!
Ao longo da história, o eclipse lunar sempre foi um fenômeno envolto em mistério e fascínio. Para os povos antigos, o desaparecimento temporário da Lua no céu noturno era um evento marcante, e cada cultura desenvolveu sua própria explicação para esse espetáculo celeste.
Mais do que um simples evento astronômico, o eclipse lunar carregava significados espirituais, religiosos e, muitas vezes, assustadores. Civilizações antigas viam o escurecimento da Lua como uma intervenção divina, associando-o a profecias, mudanças no destino ou até batalhas entre seres sobrenaturais.
A imprevisibilidade desse “sumiço” celeste despertava tanto o medo quanto a curiosidade, levando ao surgimento de mitos e rituais que buscavam explicar ou controlar o fenômeno.
Como cada povo percebia o eclipse lunar?
Foto: Thomas Roell/Shutterstock
1. Babilônios
Os babilônios viam o eclipse lunar como um sinal dos deuses, um prenúncio de acontecimentos importantes, geralmente ligados ao destino de reis e impérios.
Para eles, a Lua era uma divindade que, ao ser engolida pela escuridão, trazia mensagens sobre o futuro. Os astrônomos da época, conhecidos por suas habilidades em prever esses eventos, desempenhavam um papel importante ao tranquilizar os governantes, muitas vezes realizando rituais de proteção.
2. Gregos antigos
Já os gregos antigos tinham uma abordagem mais científica, mas nem por isso deixavam de interpretar o eclipse como algo místico. O filósofo Aristóteles, no entanto, foi um dos primeiros a sugerir que o fenômeno ocorria quando a Terra se posicionava entre o Sol e a Lua, projetando sua sombra sobre o satélite.
Mesmo assim, muitos gregos acreditavam que os eclipses estavam ligados aos deuses, e em alguns casos, o fenômeno era visto como um presságio de desastres.
3. Chineses antigos
Do outro lado do mundo, os chineses antigos tinham uma visão mais assustadora. Para eles, um eclipse lunar era causado por um dragão que tentava devorar a Lua.
Durante o evento, o povo batia tambores e fazia barulho na tentativa de espantar a criatura e “salvar” a Lua do ataque. Esse ritual era uma forma de tentar intervir diretamente no fenômeno, acreditando que o barulho seria suficiente para afugentar o dragão.
4. Mitologia nórdica
Na mitologia nórdica, o eclipse lunar também era interpretado como uma batalha cósmica. Eles acreditavam que lobos gigantes, Skoll e Hati, perseguiam a Lua e o Sol, e quando os alcançavam, acontecia o eclipse. O evento simbolizava uma parte do Ragnarok, o fim do mundo, em que os lobos finalmente devorariam os astros celestes.
Essas diferentes visões mostram como os povos antigos, apesar de suas distâncias geográficas e culturais, partilhavam um mesmo sentimento de reverência e temor diante dos mistérios do universo.