O Google não quer que você altere ESSA configuração do seu smartphone

Você pode não ter percebido, mas o Google gastou uma fortuna – US$ 26,3 bilhões, para ser exato – para manter uma configuração oculta em seu telefone.

Essa configuração afeta quem pode rastrear sua localização, influencia o que você vê nas buscas online e define a quantidade de anúncios que ocupam sua tela. Mas por que o Google está tão desesperado para esconder isso?

A funcionalidade que o Google quis manter em segredo

Esta configuração em questão é o mecanismo de pesquisa padrão do seu dispositivo, e o Google pagou somas astronômicas à Apple, Samsung e outras empresas para garantir que ele seja o padrão, impedindo que você escolha outras opções durante a configuração.

Imagem: Shutterstock/reprodução

O julgamento antitruste em Washington expôs esse acordo, questionando a prática do Google de usar pagamentos a fabricantes para evitar que as pessoas experimentem alternativas como o DuckDuckGo ou o Bing. O veredito é esperado para o início do próximo ano, mas a discussão levanta questões sobre a necessidade de uma escolha genuína.

A argumentação do acordo revela como as empresas de tecnologia contam com o “poder dos padrões”, explorando a ciência comportamental para influenciar as escolhas das pessoas. O Google, em particular, exige que seus parceiros tornem seu mecanismo de pesquisa padrão, muitas vezes sem dar aos usuários uma escolha real durante a configuração.

Disso nasce o dilema de confiança nas grandes empresas como Google, Apple e Samsung, destacando contradições em relação à privacidade e ao verdadeiro compromisso com os usuários. Ao levantar questões sobre o motivo pelo qual o Google precisa gastar tanto para manter sua posição, também é necessário entender que os usuários possam ter a liberdade de considerarem alternativas e fazerem escolhas informadas sobre sua privacidade online.

Em resumo, é de extrema importância que os usuários façam suas escolhas conscientes sobre seu mecanismo de pesquisa, apresentando benefícios de alternativas menores, como o Bing e o DuckDuckGo, que oferecem privacidade e até mesmo recompensas financeiras pela busca.

Embora o Google possa ser uma escolha válida, é fundamental para os usuários terem opções reais e não serem limitados pelos monopólios, que, muitas vezes, impedem a descoberta de ideias melhores e inovadoras.