Enigma da estátua: conheça a verdadeira história por trás do rio Reno
Estas são as lendas que ecoam nas curvas do rio Reno.
Próximo às margens do rio Reno, perto de Sankt Goarshausen, na Alemanha, há uma enorme estátua, uma figura que guarda consigo uma história lendária. É nesse local que tem origem o famoso conto das sereias, seres místicos que encantavam os homens e depois os matavam.
Na versão original dessa história, ouve-se que uma bela mulher costumava sentar-se às margens do rio para pentear o cabelo. Enquanto realizava essa tarefa, os navegadores que passavam por ali eram irresistivelmente atraídos por sua beleza e acabavam ancorando por perto. Porém, algum tempo depois, eram encontrados mortos.
Mas essa não é a única lenda que floresceu ao longo das margens do rio. Devido à estrutura complicada do local, histórias assustadoras sobre anões se espalharam, especialmente quando se tratava dos ecos que se ouvia na floresta. Assim, muitos acreditavam serem os gritos dessas criaturas.
Outros mistérios sobre o lugar
Com base na história daquele lugar, décadas depois, no início de 1800, Clemens Brentano, escritor da Alemanha, criou uma história inspirada na mitologia. A estátua chamada de Loreley, que fica à beira do rio Reno, foi a sua base.
Brentano contou a história de uma jovem que se chamava Lore Lay, acusada de bruxaria por seu amante e enviada a um convento. No caminho para seu destino, ela parou naquela rocha e, desesperada, lançou-se ao rio. Por isso, a pedra recebeu o nome de Loreley.
Até hoje, muitos acreditam que é possível ouvir o seu nome, “Loreley”, ecoando pelas margens do rio Reno. Essa sonoridade misteriosa e evocativa remete à trágica história.
Leia o que disse Katrin Kober, responsável por editar a lenda no site do Instituto de Estudos Históricos Regionais da Universidade de Mainz, no qual trabalha:
“Brentano criou uma explicação para o fenômeno do eco no rochedo junto ao Reno, que se pode contar como uma história emocionante. É uma espécie de femme fatale. Personagens femininas são usadas para dar um fundo sexual a uma história.
Tenho a impressão de que são histórias de velhos homens brancos que se divertiam com o sofrimento de uma figura feminina imaginária e depois a publicaram para ganhar dinheiro em cima. Parece que Loreley não tem nenhuma qualidade especial, exceto a falta de sorte no amor ou matar homens por diversão.”