Escolas no Canadá queimam livros, na verdade, mais de cinco mil livros infantis foram queimados por serem considerados racistas. O fato ocorreu em escolas de Ontário, no Canadá, em 2019 e só veio a público na terça-feira (07/09) numa reportagem da Rádio Canadá.
Os livro queimados eram do acervo das escolas administradas pelo Conselho Escolar Católico de Providence. Mais 30 escolas da região são administradas pelo órgão.
Um documento obtido pela emissora da rádio que divulgou a notícia descreve uma lista de romances e histórias em quadrinhos que foram considerados racistas e obsoletos pela administração das escolas.
Assim, a decisão foi queimar e enterrar as obras. Entre eles havia títulos como “Tintim”, “Pocahontas” e “Astérix”. O documento afirma que a intenção era se reconciliar com os povos indígenas do Canadá.
Escolas no Canadá queimam livros e organizadora da ação pede demissão
Uma das idealizadoras do ato é Suzy Kies, pesquisadora e ativista indígena, que pediu demissão do conselho na quarta-feira (08/09) após a publicação da reportagem. Em comunicado à Rádio Canadá, o conselho disse que irá rever a maneira como os livros foram destruídos por serem considerados inadequados.
Recentemente, a descoberta de 1.100 restos mortais de crianças indígenas que foram mortas e enterradas em covas sem nenhuma identificação em escolas católicas do Canadá causou revolta no país e em todo o mundo. Em protestos, igrejas chegaram a ser queimadas.
Organizações ligadas aos povos originários canadenses cobraram um pedido de desculpas do Papa Francisco pelo que consideram um genocídio.
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