Nova descoberta sobre a astenosfera intriga cientistas; entenda o motivo

Segundo um estudo publicado no dia 6 de fevereiro, a astenosfera, camada presente entre a crosta e o manto terrestre, possui muitos mistérios.

Apesar de todas as pessoas estudarem Geografia no Ensino Fundamental e Médio, alguns conhecimentos acabam passando despercebidos, tal como a quantidade de camadas que a Terra possui.

Caso sejam questionadas sobre isso, é possível que a maioria das pessoas responda que o planeta em que vivemos possui apenas três camadas, sendo elas: crosta, manto e núcleo.

Entretanto, esse conhecimento não está completo, pois, de fato, a Terra possui todas essas camadas e algumas mais.

As camadas da Terra

O nosso planeta é muito bem dividido quando se trata de camadas. Ele possui, na realidade, seis delas, as quais são conhecidas como litosfera, astenosfera, manto superior, manto inferior, núcleo externo e núcleo interno. Cada uma dessas camadas possui peculiaridades que as distinguem.

Inicialmente, quando os primeiros cientistas descobriram a existência de camadas devido à tecnologia disponível na época, estimou-se que havia somente as três que foram citadas no início deste texto.

No entanto, com a evolução tecnológica, averiguou-se, por meio dos abalos sísmicos detectados por aparelhos de precisão cravados em pontos específicos, que existem divisões entre essas camadas.

Isso se dá porque as formas como as ondas sísmicas se propagam no interior dessas camadas diferiam umas das outras, consequentemente significando que elas não são todas iguais.

Como são caracterizadas essas camadas?

Pois bem, se foi estimado que elas possuem diferenças, então quais são essas características divergentes? Bom, em um rápido resumo, a litosfera é o chão em que pisamos, que é composto por rochas rígidas e imaleáveis.

Já a astenosfera, por sua vez, camada menos conhecida, é composta por rochas derretidas, mas não são líquidas, possuindo um aspecto mais plasmático e menos viscoso. Essa camada é a responsável por permitir a movimentação das placas tectônicas.

Abaixo da astenosfera, encontra-se o manto superior, que possui propriedades físicas semelhantes às da astenosfera (algumas vezes, elas são confundidos por conta disso), isto é, de plasticidade e temperatura, mas distingue-se por sua composição química e maior viscosidade.

Já o manto inferior é composto por rochas em estado líquido, e isso ocorre devido à alta profundidade que aumenta muito a sua temperatura, possibilitando a fusão completa das rochas.

Quanto aos núcleos, sabe-se que a composição do núcleo externo consiste em ferro e níquel, assim como baixas quantidades de oxigênio e enxofre.

E o núcleo interno, por sua vez, é diferente de todos os outros e possui uma temperatura maior que a superfície solar. Ainda assim, seus materiais estão em estado sólido, compostos unicamente por ferro e níquel.

Abaixo, veja uma representação de como se apresentam todas essas camadas:

Imagem: Suporte Geografico 77/Reprodução

Mais uma recente descoberta

Apesar de ser esquecida pela maior parte da sociedade, a astenosfera tem um papel extremamente importante para a geologia do planeta e é alvo de muitos estudos por parte dos cientistas.

A mais recente descoberta em relação a essa camada foi a presença de uma zona mais profunda dela que possui uma velocidade de movimentação mais lenta que o restante de sua camada.

É importante lembrar, ainda, que a astenosfera é caracterizada por sua baixa viscosidade, o que permite que sua movimentação ocorra de forma mais rápida, mesmo que ela demore milhares de anos para ser concluída.

Em razão disso, os cientistas buscam compreender o que leva essa diferenciação em relação ao manto superior, e foi por conta disso que encontraram essa zona “mais lenta” presente na astenosfera.

Essa zona diferencia-se das demais devido ao dato de que sua temperatura é relativamente mais elevada que o restante da camada, o que apresenta uma fusão parcial das rochas, algo incomum para a profundidade que se encontra.

Segundo concluem os cientistas no resumo do artigo:

“Esses resultados implicam presença de uma zona globalmente extensa e parcialmente fundida embutida na astenosfera, mas essa baixa viscosidade astenosférica é controlada principalmente por variações graduais de pressão e temperatura com a profundidade.”

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