Ministério Público do RJ investiga venda de ingressos do show do RBD
Uma investigação semelhante foi solicitada pela deputada Erika Hilton em São Paulo.
Na última terça-feira (7), a 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e Defesa do Consumidor e do Contribuinte do Rio de Janeiro instaurou um inquérito civil para investigar supostas irregularidades na venda de ingressos para o show do Rebelde (RBD).
O show do RBD 2023 é uma turnê em celebração depois de quinze anos da separação do grupo. O evento vai acontecer no estádio Engenhão (RJ), no dia 19 de novembro.
Os shows de reunião costumam ter ingressos esgotados rapidamente por atrair um fluxo enorme de pessoas, tanto ao vivo quanto virtualmente. Mas muitos consumidores questionaram a desorganização da distribuidora dos ingressos.
De acordo com reclamações que chegaram até a Ouvidoria Geral do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), existem erros recorrentes na compra dos ingressos virtuais, como congestionamento dos sites.
E durante as compras nas bilheterias físicas da Jeunesse Arena (RJ), os consumidores observaram constante desrespeito à ordem da fila. Esses problemas nas bilheterias levaram a tumulto e brigas.
O inquérito destaca a má qualidade do serviço, que, segundo o Código de Defesa do Consumidor, não oferece segurança para o consumidor adquirir ingresso.
Dentre as providências inseridas no documento, consta o envio de ofício à empresa Eventim. Ela é responsável pela comercialização dos ingressos e precisa, no prazo de trinta dias, verificar as falhas relatadas e dar uma justificativa sobre elas.
Ademais, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e o Procon também foram comunicados para que deem um posicionamento sobre o problema e apresentem uma solução.
Problemas on-line com a compra de ingressos para o show do RBD
Para assistir ao show do RBD, os fãs não competem apenas entre si pelos ingressos, eles também concorrem com cambistas. Ser cambista não configura crime dentro do ordenamento brasileiro. Mas a questão se torna problemática quando ela fere o direito do consumidor ao cometer crime contra a economia popular.
A respeito disso, no último dia 3, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) entrou com ofício ao Procon de São Paulo e ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) com um pedido de investigação da empresa de eventos Eventim.