China vai trazer amostras do lado oculto da Lua; entenda
A primeira missão bem-sucedida de pouso nessa região lunar foi em 2019.
A China continua seu programa de exploração lunar este ano com o envio de uma nova sonda de exploração lunar, a Chang’e-6. A expectativa da missão é que a sonda traga para a Terra dois quilos de amostras do lado oculto da Lua. Para você ter uma ideia, essa quantidade é equivalente a dois sacos de feijão.
Mas, o que é esse lado oculto da Lua? Simplesmente é o lado da Lua que não conseguimos ver da Terra. Isso acontece devido ao fenômeno de rotação sincrônica. Esse movimento faz com que o satélite demore o mesmo tempo para dar uma volta ao redor de si e ao redor da Terra, portanto, o moimento nos permite ver apenas um de seus lados.
De acordo com Wu Weiren, projetista-chefe do programa de exploração lunar chinês, a missão será executada em três etapas: coleta, estudo e novo lançamento.
A primeira etapa ficará a cargo da sonda Chang’e-6, que coletará as mostras do lado oculto da Lua. A Chang’e-7 ficará responsável por investigar e detectar existência de recursos hídricos no corpo celeste.
A fase 3 será executada em 2028 pela sonda Chang’e-8. A ideia é que ela trabalhe junto com a Chang’e-7 na construção de uma estação de investigação científica em solo lunar. A estação deve incluir múltiplas ferramentas básicas para exploração como: orbitadores, landers, rovers e naves voadoras.
A primeira vez no lado oculto da Lua
A primeira vez que uma sonda pousou nessa região lunar foi na noite do dia 2 de janeiro de 2019, com o sucesso da missão Chang’e-4. A espaçonave chinesa ganhou esse nome em homenagem a uma antiga deusa lunar que conseguiu tocar no lado oculto da Lua.
Depois dessa incursão, outra missão recente bem-sucedida aconteceu em 2020, com o lançamento da Chang’e-5. Essa sonda conseguiu coletar, ao todo, 1,731 gramas de mostras de solo lunar.
Até então, essa região da Lua era um território inexplorado. Agora, com os avanços chineses será possível conhecer o passado desse satélite e sua formação até o momento em que se tornou o astro que conhecemos hoje.