‘What If’ e as consequências para o MCU

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Tendo passado alguns dias da estreia do último episódio de “What If”, é seguro supor que já é possível falar sobre a série sem correr risco de dar grandes spoilers para o público que não acompanhou a série da Marvel.

Foram nove episódios que apresentaram releituras para eventos que ocorreram nas fases 1, 2 e 3 do MCU. Foram apresentados alguns ótimos personagens, com motivações diversas dos heróis originais, conservando suas qualidades e habilidades.

As versões da Capitã Carter, do T’Challa Senhor das Estrelas e do Dr. Estranho Supremo foram, em especial, bastante cativantes. Já a versão festeira do Thor é risível, sem carisma e dá vontade de desligar o episódio antes do fim.

Teve também o tão aguardado episódio em que os personagens foram transformados em zumbis. Na realidade nem todos os personagens sofreram a mutação, o que ocasionou na montagem de uma equipe peculiar, que os fãs nem imaginariam e que funcionou muito bem.

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O Vigia é o principal personagem em ‘What If…’ nos quadrinhos

O enredo do episódio segue o padrão clássico das histórias de zumbi, mas mantém o ritmo e entrega um bom divertimento para o público. É de longe um dos melhores episódios.

Falando de equipes improváveis, o último episódio apresenta os “Guardiões do Multiverso”, uma equipe formada pelos personagens que permearam os episódios anteriores. A dinâmica também foi interessante, embora sem tanta química entre os personagens.

Aliás, quem assistiu todos os episódios e viu o último, sabia exatamente como cada personagem iria agir, estragando o elemento surpresa e tornando o episódio bastante previsível.

Quem faz falta nesta “nova equipe” é o Homem-Aranha do episódio dos zumbis, que traria, talvez, um pouco de humor e leveza para o capítulo. Seria o alívio cômico (que não deu certo com o Thor festeiro).

Mas a verdade é que a série “What If” funciona. Assim como muitas séries, tem episódios muito bons e outros nem tanto (que variam de acordo com o humor de quem assiste) e pode ser vista de forma alternada ou linear, ou seja, encarando os capítulos com uma certa continuidade.

O principal desafio de “What If” é fazer com que os espectadores entendam que a série está em universos paralelos, diferentes daquele explorado no MCU.

É preciso desvencilhar as histórias mostradas na animação dos acontecimentos dos filmes e séries em live action.

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What If…

A premissa de “What If” é exatamente o que se propõe o título e o que o Vigia diz na abertura: explorar o que aconteceria se os eventos dos filmes tivessem acontecido de maneira diferente, buscando mostrar que tudo seria alterado.

Pensando em MCU e como tudo foi construído com coesão até agora, é importante perceber que a série animada não foi criada com o intuito de testar personagens ou de ver a receptividade do público há algumas ramificações, mas sim entreter e buscar respostas para perguntas que muitos fãs, certamente, já tinham feito.

Dessa forma, pensar em um live action com a Capitã Carter, Guardiões do Multiverso e MCU Zumbi, não passa de epifania dos fãs. Esses mundos, essas realidades apresentadas não existem no universo dos filmes e das séries. Talvez, com a abertura do multiverso, essas histórias possam, de alguma maneira, fazer parte da linha principal, mas pensando em como o Kevin Feige e a equipe tomam cuidado com o MCU, é bem difícil misturar as coisas.

Em se tratando de filmes baseados em quadrinhos, seria um absurdo afastar totalmente essa ideia, porém cinema e séries funcionam de forma diferente, com custos muito maiores. Sem contar que o calendário do MCU está bem recheado, só tendo espaço para um filme desses daqui uns quatro ou cinco anos.

É muito tempo para retornar para capítulos já fechados das histórias.
Portanto, caso a Marvel queira trazer a Viúva Negra de volta, terá que arrumar outra saída. Aos fãs, basta assistir a série animada ou ponderar a questão: “O que aconteceria se…”!

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