Você sabe o que é picacismo? Síndrome traz sérios riscos à saúde

Você já ouviu falar da Síndrome de Pica? O nome pode soar um tanto estranho à primeira vista, e as pessoas que ainda não saíram da quinta série podem até fazer piada, mas este é um assunto que merece toda a nossa atenção.

A Síndrome de Pica, também conhecida por picacismo ou alotriofagia, é um distúrbio alimentar que vai além do simples desejo de experimentar coisas novas.

Ela envolve a ingestão de alimentos que não possuem nutrientes. Embora geralmente comece a se manifestar por volta dos seis anos de idade, pode persistir até a idade adulta.

Picacismo: explicando a síndrome

Imagine este cenário: você ou alguém próximo ingere regularmente itens que não são comidas de verdade, como terra, giz, cabelo ou até mesmo papel.

Estranho, não é? Bem, isso é exatamente o que acontece com aqueles que sofrem desta síndrome, conforme explica o psiquiatra Dr. Rodrigo Lancelote Alberto.

Vontade de comer coisas estranhas? Isso pode ser Picacismo – Imagem: Segs/Reprodução

Quando isso se torna uma síndrome, afinal?

Esse é considerado um problema quando a ingestão dessas substâncias ocorre pelo menos duas ou mais vezes em um mês e quando isso está fora do comportamento esperado para a idade ou o estágio de desenvolvimento da pessoa.

Causas e tratamento

O que leva alguém a consumir coisas como terra ou giz? A verdade é que as causas exatas ainda não são completamente compreendidas.

Algumas teorias apontam para deficiências nutricionais, como falta de ferro ou zinco, enquanto outras sugerem que fatores psicológicos, como ansiedade ou estresse, podem desempenhar um papel importante.

Em alguns casos, a Síndrome de Pica pode estar relacionada a distúrbios mentais, como autismo ou esquizofrenia.

Agora, você pode estar se perguntando: por que alguém faria isso? A resposta não é simples. Para aqueles que sofrem desta síndrome, o impulso de consumir esses objetos pode parecer irresistível, mesmo que saibam que não são nutritivos.

O tratamento da Síndrome de Pica geralmente envolve várias abordagens, que podem incluir terapia comportamental, para substituir esses comportamentos por hábitos saudáveis, além de um médico para tratar e acompanhar quaisquer problemas de saúde decorrentes da ingestão dessas substâncias que podem trazer bactérias ao corpo.