Usar aplicativo espião é CRIME e ainda coloca sua segurança em risco

Já ouviu falar dos aplicativos espiões? Eles são softwares ou spywares que permitem o monitoramento de dispositivos de forma clandestina. Esses apps são capazes de acessar dados sensíveis, como localização e senhas, e até mesmo ativar microfones e câmeras sem serem detectados. Mas seu uso pode ser prejudicial…

Em muitos casos, esses programas invadem dispositivos Android e iPhone (iOS) quando arquivos são baixados de fontes inseguras. Entretanto, podem também ser instalados manualmente por pessoas mal-intencionadas que têm acesso ao celular da vítima, como parceiros e familiares.

Aplicativos podem comprometer a saúde do celular – Foto: Reprodução

Riscos de usar aplicativos espiões

O vazamento de dados é um dos principais problemas relacionados aos aplicativos espiões. Eles podem acessar informações pessoais, como logins, senhas, dados bancários e mídias do celular, possibilitando roubos de identidade e chantagem.

Além disso, permitem que o espião tenha controle total sobre o aparelho, incluindo câmera, microfone e localização do dispositivo, o que pode resultar em graves violações de privacidade.

Isso acontece porque muitos desses aplicativos são ilegais ou não oficiais, carecendo de informações confiáveis sobre sua origem e segurança. Dessa forma, as informações dos usuários dos aplicativos também podem ser alvo de cibercriminosos.

Os aplicativos espiões também podem danificar tanto o celular da vítima quanto o do usuário. Inúmeras são as maneiras de isso acontecer:

• Eles aumentam o consumo de bateria;

• Sobrecarregam o sistema operacional;

• Consomem muitos dados móveis;

• Causam superaquecimento do celular, já que funcionam constantemente em segundo plano.

Além disso, podem provocar alterações nas configurações dos navegadores e receber mensagens de erro ao usar aplicativos que antes funcionavam sem problemas.

Usar app espião é crime, mas pouca gente sabe

Além de tudo isso, monitorar dispositivos alheios sem autorização é crime, conforme o artigo 154-A do Código Penal, com pena de reclusão e multa. Isso envolve invadir dispositivos para obter, adulterar ou destruir dados sem autorização do usuário, além de instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita.

A pena pode variar de 2 a 5 anos de prisão, além de multa. É importante destacar que o crime se aplica independentemente do motivo ou de quem esteja espionando.

Se houver algum tipo de relação social ou profissional entre vítima e autor, a prática de espionagem pode ser considerada crime, dependendo da intenção do ato e da existência de um acordo prévio, mesmo que verbal, em que a vítima autorize o acesso às suas informações.

No caso de os pais monitorarem a atividade de filhos menores de idade, é importante lembrar que o Estatuto da Criança e do Adolescente garante o direito à privacidade e à preservação da integridade dos menores.