Um novo supercontinente será formado pelo movimento tectônico: saiba mais sobre a Amásia

O movimento das placas tectônicas foi responsável pela separação dos continentes. Mas parece que esse é um fenômeno cíclico e pode acarretar uma nova formação geológica. Confira!

Nas grandes escalas do universo, nada ocorre rapidamente, pelo menos não tão rápido quanto para nós. Os processos geológicos conhecidos não aconteceram de um dia para o outro: a formação de montanhas, o esfriamento da superfície que possibilitou a vida e até a separação dos continentes são exemplos de fenômenos demorados.

Um dia, os continentes já estiveram todos unidos na Pangeia, um supercontinente que foi separado pelo movimento das placas tectônicas durante um intervalo de tempo colossal.

Mas essa dança cíclica de milhões de anos parece estar levando todas as partes continentais diretamente para um novo encontro, num arranjo de estruturas terrestres jamais visto na história do planeta.

Novo supercontinente surgirá na Terra

A separação da Pangeia se iniciou há cerca de 230 milhões de anos e deu origem ao modelo de disposição dos continentes como conhecemos hoje.

Porém, ainda que demore, essas partes terrestres do planeta tendem a se encontrar novamente num ciclo de supercontinente, que separa e une os pedaços titânicos de terra num intervalo de 600 milhões de anos.

Sendo assim, o caminho para a colisão é certo, e pesquisadores da Universidade Curtin e da Universidade Peking, na Austrália e na China, respectivamente, conseguiram simular a trajetória do encontro continental.

Além do resultado obtido ser fascinante, o evento tem previsão de acontecer, numa escala geológica, em “breve”, e o novo supercontinente já tem até nome: “Amásia”.

Amásia: a junção continental do futuro

Segundo os pesquisadores, as Américas e a Ásia estão se aproximando lentamente, e esse choque pode ocorrer entre 200 e 300 milhões de anos, gerando um novo supercontinente chamado Amásia.

E como não estaremos aqui para ver isso acontecer, os cientistas fizeram uma simulação usando um supercomputador, mostrando o fechamento do Oceano Pacífico, que ocorre a um descolamento de 2,5 centímetros por ano.

A simulação foi disponibilizada no YouTube e mostra que até a Austrália fará parte da colisão, sendo a mais “ansiosa” para o encontro, se movendo em direção à Ásia cerca de 7 centímetros por ano.

Assim, a convergência entre América, Austrália e o continente asiático ocorre no Hemisfério Norte do planeta, no topo da Terra, e depois segue em direção à linha do Equador. A Antártida, neste cenário, permanece isolada no polo Sul.

Confira o vídeo da simulação:

Esse movimento tectônico apresentado caracteriza o método conhecido como “extroversão”, onde o superoceano que já existia antes da separação (Pacífico) é fechado.

Isso é o oposto da “introversão”, que caracteriza a união dos continentes, fechando os oceanos formados na separação da Pangeia, que ocorreria caso a junção fosse no sentido contrário, unindo a América com a África e a Europa.

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