‘Transatlântico’: por que você deve assistir a essa série da Netflix?

Principal motivo pelo qual você deve conferir essa narrativa é pelo fato de ela abordar um tema social muitíssimo importante.

No dia 7 de maio, uma nova minissérie de sete episódios, intitulada “Transatlântico“, foi adicionada ao catálogo da Netflix. A narrativa da série é completamente centrada na vida de Varian Fry, um jornalista americano que, com sua equipe, conseguiu salvar mais de 2.000 pessoas durante a Segunda Guerra Mundial.

Surpreendentemente, Fry não era um soldado na linha de frente, mas foi enviado pelos americanos ao sul da França para ajudar algumas pessoas em necessidade. Acompanhando Fry estava Mary Jayne Gold, responsável por financiar suas operações de salvamento.

Fry trabalhou com o Comitê de Resgate de Emergência (ERC) e, graças aos seus esforços, indivíduos de grande importância intelectual nos Estados Unidos foram salvos, incluindo nomes como Hannah Arendt, Marc Chagall, Max Ernst e Marcel Duchamp.

Esses salvamentos foram considerados revolucionários para o intelecto da época e realizados em um período de grande adversidade durante a guerra.

Foto: Netflix/Reprodução

Por que a história de Fry?

Anna Winger, moradora da cidade de Berlim, na Alemanha, foi a responsável por resgatar a história perdida de Fry, que havia sido esquecida ao longo dos anos. Em uma entrevista, Winger contou ao mundo o motivo que a levou a escrever e desenvolver uma produção para a Netflix sobre essa história inspirada.

Para ela, o modo como Fry e sua equipe se reuniram para salvar pessoas em um momento de crise é simplesmente a “melhor história jamais contada”.

Além disso, Winger revelou que sua verdadeira motivação para contar essa história foi a crise de refugiados que aconteceu em meados de 2015.

Leia um trecho mencionado por Ana Winger, abaixo:

“Meu escritório ficava no aeroporto de Tempelhof, em Berlim, e, no andar de baixo, nos hangares, era o primeiro ponto de entrada para os refugiados que vinham sobretudo da Síria. Era lá que estávamos todos como voluntários”, comenta a produtora.

“Minha filha, que na época tinha 12 ou 13 anos, disse: ‘na verdade, essas são apenas pessoas como nós, exceto que pessoas como nós costumavam deixar Berlim. E agora essas pessoas estão vindo para cá em busca de refúgio'”.

Inspirada com a crise de refugiados, somando a incrível sensação de estar no caminho certo, enquanto estudava o livro da romancista americana Julie Orringer “The flight portfolio”, Anna então comprou os direitos e deu vida à narrativa. Ela ainda teve uma breve ajudinha de “Casablanca”.

“Eu li um pouco sobre a produção de Casablanca, que é um dos meus filmes prediletos, e muitas das pessoas que trabalharam no filme eram, na verdade, alemães recém-emigrados”, comentou Winger.

“De repente, eles se viram lidando com a Segunda Guerra Mundial e as notícias de casa em tempo real, todo o trauma e a tragédia, e canalizando tudo isso em humor e romance”.

“Transatlântico” já está disponível na plataforma da Netflix.

você pode gostar também