Teste de DNA do neolítico? Cientistas descobrem família de antepassados humanos mais antiga já encontrada

Com base em amostras retiradas de indivíduos encontrados em tumbas do período neolítico, foi possível estabelecer uma conexão entre os fósseis. Entenda!

A curiosidade dos seres humanos é o principal motivador da busca incessante pela compreensão de seu passado e das primeiras civilizações que habitaram a Terra. Incansavelmente, os arqueólogos desbravam o solo em busca de vestígios de fósseis reveladores dos nossos antepassados.

Toda descoberta possível pode trazer informações importantes sobre como a humanidade evoluiu, bem como os costumes e as culturas de épocas antigas. Isso se relaciona com os aspectos atuais da sociedade.

Pesquisadores de todo o mundo tentam encontrar maneiras de aprimorar sua busca por conhecimento e avançar em suas descobertas. No entanto, raramente vemos novidades tecnológicas nessa área de estudo.

Recentemente, arqueólogos e geneticistas uniram seus conhecimentos e obtiveram um notável feito: descobriram a árvore genealógica mais antiga já vista.

Pesquisadores descobrem árvore genealógica mais antiga da história com uso de DNA

Imagem: Nilo Frantz/Reprodução

Um recente artigo publicado na revista Nature revelou ao mundo um novo método de colaboração científica. Por meio de DNA, foi possível identificar fósseis humanos em uma tumba na Inglaterra datada do final do período neolítico e montar uma espécie de árvore genealógica com impressionantes cinco gerações.

Foram encontrados 35 indivíduos na tumba de Hazleton North Long Cairn, integrante do grupo de túmulos Cotswold-Severn, sítio arqueológico localizado ao sudoeste da Grã-Bretanha.

Em cada um de seus ossos, foram realizados exames de DNA que apontaram uma relação parental entre 27 membros. A árvore genealógica mais completa da história provém de apenas um homem com quatro mulheres matriarcas.

Análises e conclusões dos pesquisadores

De acordo com os autores do estudo que revelou aspectos importantes sobre a formação das primeiras famílias de nossa espécie, foi relatado que alguns dos membros familiares não possuíam ligação sanguínea, indicando uma possível adoção.

Imagem: Árvore genealógica dos indivíduos do Neolítico/Newcastle University/Fowler, O. et al./Reprodução

Além disso, a disposição dos corpos demonstrou um certo ritual de sepultamento que segue a ordem de linhagem. Ademais, do sexo feminino, foram encontradas apenas duas crianças, indicando que as mulheres adultas poderiam estar sepultadas junto a outra família, com seus respectivos maridos.

A união de cientistas e historiadores trouxe um novo olhar para as civilizações antigas e os aspectos culturais do nosso povo há mais de 5 mil anos.

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