Terremoto no Sul do Brasil: como as placas tectônicas podem afetar a região?

Constante movimento, com rachaduras e afastamento de placas, gera medo entre moradores do Sul, especialmente em Santa Catarina.

As placas tectônicas vivem em constante movimento, o que gera uma série de consequências e medos de quem vive em regiões diretamente afetadas. Esse é o caso, por exemplo, do Sul do Brasil.

Uma descoberta recente acendeu o sinal de alerta para quem vive em Santa Catarina. Estudiosos identificaram uma rachadura na Placa Tectônica do Pacífico e também um movimento da Placa Sul-Americana, que se afasta aos poucos da Placa Africana.

A junção desses cenários desencadeou uma dúvida imediata: eles podem gerar consequências para certas áreas de Santa Catarina, como terremotos e pequenos tremores?

Configuração das placas tectônicas no mundo hoje – Foto: Reprodução

Divisão da placa tectônica do Pacífico

A descoberta sobre a divisão da Placa Tectônica do Pacífico foi relatada, recentemente, em estudo publicado na revista Geophysical Research Letters.

O fenômeno ocorre, basicamente, por causa de grandes falhas geológicas que existem no assoalho do oceano Pacífico.

As rachaduras, conforme o estudo, chegam a ter quilômetros de distância e profundidade de milhares de metros.

Para avaliar os possíveis efeitos desse caso no sul do Brasil, seriam necessários mais recursos e viagens ao local exato das rachaduras. Por outro lado, há um caso que preocupa mais e com consequências já comprovadas.

Afastamento das placas tectônicas

O movimento da Placa Sul-Americana, em relação à Placa Africana, já é uma realidade. Isso significa que, a cada ano, elas se afastam em torno de três centímetros uma da outra.

Desde a descoberta do Brasil, em 1500, o país já se afastou 65 metros da África. Além de indicar um possível problema futuro, esse fenômeno já gera consequências no presente.

Entre as causas diretas, estão a elevação da Cordilheira dos Andes e a formação de uma fenda no Oceano Atlântico, preenchida por lava não explosiva.

Estudiosos afirmam que é impossível prever o que vai ocorrer no futuro. O certo é trabalhar com possibilidades.

Por serem móveis e viverem em constante transformação, as placas tectônicas podem favorecer a ocorrência de terremotos, por exemplo.

Terremoto de 2013 em Santa Catarina

No caso do Sul do Brasil, os moradores da cidade de Brusque (SC) já vivenciaram a experiência de um tremor de terra. Eles foram surpreendidos na madrugada de 23 de dezembro de 2013.

O caso se repetiu nos dias seguintes, em menor intensidade, e desde então gerou um grande medo na região.

Esse registro de terremoto, segundo especialistas, foi motivado por ajustes na falha da crosta terrestre. Duas rochas muito antigas tiveram contato e isso abalou a superfície.

Os grupos rochosos sob o território da cidade estão conectados por falhas geológicas, e isso pode gerar pequenos tremores.

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