Tecnologia que lê mentes? Nova IA da Meta vai revolucionar a comunicação

Inovação revolucionária da Meta consiste em uma IA não invasiva que decodifica a fala a partir da atividade cerebral. Saiba mais!

Os avanços tecnológicos recentes estão abrindo novas perspectivas para a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiências ou limitações. Uma notável iniciativa nesse sentido surge dos pesquisadores de inteligência artificial (IA) da Meta.

A equipe alcançou um marco promissor ao desenvolver um método não invasivo que decodifica a fala a partir da atividade cerebral de uma pessoa.

Esse avanço oferece a capacidade de transmitir pensamentos por meio da inteligência artificial, uma notável conquista para pacientes que enfrentam dificuldades em se comunicar verbalmente.

Detalhes sobre essa inovação foram apresentados na Nature Machine Intelligence.

Transformando ideias em palavras com IA avançada

Imagem: Reprodução

O procedimento inovador combina o uso de uma técnica de imagem com aprendizado de máquina.

A técnica utilizada é a magnetoencefalografia, que mapeia a atividade cerebral por meio da detecção de campos magnéticos produzidos pelas correntes elétricas no cérebro. Jean Remi King, cientista pesquisador da Meta, explicou:

“Esta é uma técnica de imagem que depende de um dispositivo não invasivo capaz de capturar mais de mil instantâneos da atividade cerebral por segundo. Como esses sinais cerebrais são muito desafiadores de interpretar, treinamos um sistema de IA para decodificá-los em segmentos de fala.”

A IA prevê a fala com base na atividade cerebral registrada nas imagens, operando por meio de dois módulos: o “módulo cerebral”, treinado para extrair informações da atividade cerebral humana, e o “módulo de fala”, responsável por identificar as representações de fala a serem decodificadas.

Os testes iniciais envolveram 175 participantes humanos, monitorando suas atividades cerebrais enquanto ouviam narrativas e frases isoladas. O sistema alcançou uma precisão média de 41% na decodificação de segmentos de fala, surpreendendo a equipe de pesquisa.

Embora ainda em estágios iniciais de desenvolvimento, essa abordagem não invasiva pode oferecer uma alternativa mais acessível para auxiliar pacientes que perderam a capacidade de falar devido a eventos como derrames ou doenças cerebrais.

King enfatiza que há um longo caminho até a aplicação prática, mas a esperança é que essa inovação possa, no futuro, ser uma valiosa ferramenta clínica para melhorar a comunicação de pacientes com deficiências relacionadas à fala.

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