SURREAL! Presa há 126 anos, árvore no Paquistão cometeu um crime surpreendente

Conheça a chocante história da árvore Banyan, uma figueira-da-Índia que, desde 1898, está presa sob correntes devido à ordem de um oficial britânico.

No cenário pitoresco da província de Khyber, no noroeste indiano, uma árvore Banyan, também conhecida como figueira-da-Índia (Opuntia ficus-indica), rouba a cena. Não é pela sua imponência natural, mas pela corrente que a mantém presa desde 1898.

A curiosa história dessa árvore, localizada em uma instalação militar da região, tem atraído a atenção de turistas e se transformado em uma peculiar atração.

Uma placa antiga, posicionada estrategicamente aos pés da árvore, inicia sua confissão de maneira inusitada: “Eu estou presa!”.

Esta árvore, aparentemente com um senso de humor próprio, tornou-se uma testemunha viva dos eventos peculiares do passado.

Prisão botânica: o cativeiro da figueira-da-Índia

A árvore conta sua história em primeira pessoa, revelando que seu destino peculiar foi selado numa tarde em que um oficial britânico, James Squid, embriagado, acreditou que ela estava se movendo de seu lugar original.

Por ordem desse oficial, a figueira-da-Índia foi algemada por um sargento da cozinha, resultando em uma sentença que perdura até os dias atuais.

“Estou presa! Uma noite, um oficial britânico, imensamente bêbado, achou que eu havia me movido do meu lugar original e mandou me prender. Desde então, estou presa”, diz a placa. – Imagem: Qissa Khwani/reprodução

A explicação lógica para tal ato extravagante se perde entre as brumas etílicas do oficial vitoriano. Historiadores afirmam que, devido ao alto nível de embriaguez, James Squid realmente acreditou que a árvore estava se movendo abruptamente em sua direção, tornando-a uma ameaça digna de prisão.

Entretanto, um morador local, em resposta a uma matéria do jornal Daily Tribune, em 2013, trouxe uma interpretação adicional ao caso.

Segundo ele, os britânicos utilizaram a prisão da árvore como uma forma de intimidação, sugerindo que qualquer resistência ao domínio britânico seria punida da mesma maneira.

Um silencioso protesto botânico

Embora o Paquistão tenha conquistado sua independência do domínio britânico há mais de 76 anos, a figueira-da-Índia continua submetida às correntes injustas do passado colonial.

Governos sucessivos falharam em remover os grilhões que mantêm essa árvore como prisioneira, uma testemunha silenciosa de tempos passados.

O cenário atual, marcado por conflitos fronteiriços e o uso dos antiquados Regulamentos de Crimes de Fronteira (FCR), destaca a persistência dessas leis draconianas.

O FCR, utilizado durante o período em que o país fazia parte da Índia Britânica, permite a punição coletiva de tribos ou famílias por crimes individuais, perpetuando uma forma discricionária de justiça.

A árvore Banyan, agora apelidada de metáfora do FCR, permanece como um símbolo que ecoa ódios antigos e conceitos ultrapassados.

Enquanto as correntes resistem ao tempo, essa figueira-da-Índia se torna uma representação viva de uma época em que até mesmo as árvores podiam se tornar prisioneiras de disputas e ideologias.

A saga continua, e a árvore acorrentada se mantém como um testemunho de um passado complexo que ressoa no presente.

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