Stranger Things e o pânico satânico

Embora a série de Stranger Things tenha sido protagonizada por crianças, em grande parte, isso funcionou como um atrativo para o público

A 4ª temporada de Stranger Things se baseada tanto em clássicos do terror como em alguns momentos históricos, por exemplo, a época do pânico satânico, isto é o período em que se trata de uma crença em um mal horrível que estaria ameaçando os valores sociais e culturais de uma sociedade.

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Durante a década de 80, essa associação passou a ser ligada diretamente com o satanismo, como é o caso do best-seller “Michelle Remembers”, escrito pelo psicólogo canadense Lawrence Pazder. A história aborda as experiências vivenciadas por uma jovem que sofreu diversos abusos nas mãos de uma seita satânica.

A partir desse momento, o psicólogo Pazder passou a ser considerado como uma celebridade e autoridade em casos de “abusos ritualísticos”.

Sendo assim, no início da 4ª temporada de Stranger Things, conhecemos Eddie Munson. Um jovem que permanece no ensino médio e toca guitarra em uma banda chamada Caixão Corroído, além disso, é mestre no jogo de RPG Dungeons & Dragons e também curte heavy metal.

Ele acaba sendo o alvo perfeito para os atletas da escola o considerarem como um participante de rituais satânicos, após o falecimento de uma jovem líder de torcida, pois, afinal, o corpo dela foi encontrado em seu trailer.

Diante disso, a comunidade começa a se movimentar e a distribuir panfletos alegando que os pais devem tomar cuidado com a influência dos jogos de RPG e heavy metal na vida dos filhos.

Assim como Eddie Munson, muitos jovens acabam se tornando culpados de atos que nunca, nem ao menos, pensaram em realizar, tudo isso por serem alvos fáceis e se encaixarem naturalmente na narrativa do pânico satânico.

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