Nasa lançará Dragonfly para buscar vida em Titã, lua de Saturno
Em 2027 será lançada a missão Dragonfly, que pousará em Titã no ano de 2034. Os cientistas estão animados com a possibilidade de achar vida.
No final de 2022, muitas pessoas ficaram encantadas com o lançamento do filme “Avatar: O caminho da Água” nos cinemas, que mostra seres humanoides N’Avi na lua fictícia chamada Pandora.
Entretanto, o que poucos sabem é que essa não é a primeira vez nem a última que veremos nas telas dos cinemas representações de vida extraterrestre.
Isso porque podemos estar alguns passos mais próximos de ver em outras telas vidas reais encontradas em nosso Sistema Solar.
Nesse contexto, a missão Dragonfly lançará uma sonda de mesmo nome para visitar a maior lua de Saturno, Titã. No entanto, não se espera encontrar seres animalescos muito menos humanoides, mas indícios de vida microscópica.
Essa missão está sendo realizada pela Agência Espacial Americana, a Nasa, e tem o lançamento do instrumento previsto para o ano de 2027, com chegada em 2034.
Sonda Dragonfly e possibilidade de encontrar vida
A sonda Dragonfly é similar a um drone e tem antenas para transmissão do sinal e proteção para o clima árido da lua Titã.
Os cientistas responsáveis pelo projeto estão particularmente animados com a possibilidade de encontrar novas formas de vida fora da Terra.
Grande parte disso por conta da possível descoberta trazer uma verdadeira revolução para a ciência moderna, podendo até alterar a forma como entendemos o surgimento da vida.
Além disso, há também as recentes descobertas em relação ao local de pouso da Dragonfly, pois os cientistas que estudam a lua acreditam que a cratera Selk, local de pouso, está com água em estado líquido.
O local foi escolhido especificamente, pois, apesar de a superfície da lua ser coberta por água, ela está solidificada devido às temperaturas extremamente baixas do local.
No entanto, o choque do asteroide com a superfície condicionou o derretimento do local, que permaneceu líquido por um tempo antes de ser novamente solidificado.
As pesquisas sugerem, contudo, que a água possui clatratos de metano, que, mesmo em água ou gelo, pode incendiar. Portanto, existe a possibilidade de a sonda se deparar com água líquida.
Thomas Zurbuchen, administrador na Nasa e um dos cientistas da missão Dragonfly, comentou sobre a sonda:
“É notável pensar neste helicóptero voando quilômetros e quilômetros através das dunas de areia orgânica da maior lua de Saturno, explorando os processos que moldam esse ambiente extraordinário.
Dragonfly visitará um mundo cheio de uma grande variedade de compostos orgânicos, que são os blocos de construção da vida e podem nos ensinar sobre a origem da própria vida.”