Socorro! Temido verme que se regenera chega ao Brasil e preocupa biólogos

Biólogos estão preocupados com a chegada do Bipalium kewense ao Brasil; conheça as características intrigantes desse tipo de verme.

A chegada do ‘verme cabeça-de-martelo‘, conhecido cientificamente como Bipalium kewense, ao Brasil está gerando preocupações entre os biólogos, que alertam para os potenciais impactos dessa espécie invasora na biodiversidade nacional.

Originário do sudeste da Ásia, esse animal, com sua peculiar cabeça arredondada em forma de martelo, representa não apenas uma ameaça pelo seu poder destrutivo, mas também por sua capacidade de regeneração e multiplicação.

Um invasor difícil de combater: verme é ‘imortal’?

Henrique Abrahão, biólogo renomado, alertou sobre a presença desse verme no solo brasileiro e destacou sua natureza destrutiva.

Alimentando-se de pequenos animais, como moluscos e vermes menores, o verme é um predador notório, inclusive atacando membros de sua própria espécie.

Sua peculiaridade mais preocupante é a capacidade de se regenerar e multiplicar, tornando-o virtualmente ‘imortal‘.

Ao contrário de muitos animais, cortar o verme cabeça-de-martelo ao meio não é uma solução eficaz. Pelo contrário, essa ação pode resultar na formação de dois desses parasitas.

O processo de regeneração é facilitado por uma toxina presente no verme, chamada tetrodotoxina, que também é encontrada no peixe baiacu, conhecido por sua toxicidade letal.

Essa característica torna a presença do Bipalium kewense uma séria ameaça ao equilíbrio do ecossistema.

A propagação global do verme

Embora seja nativo do sudeste asiático, o Bipalium kewense tem se espalhado pelo mundo, sendo transportado acidentalmente em navios.

Além do Brasil, ele já foi identificado em locais como América do Norte, Austrália, ilhas do Caribe, América do Sul, África e Madagascar.

Sua presença já foi detectada nos Estados Unidos e em alguns países europeus, levantando sérias preocupações devido à sua resistência e dificuldade de controle.

O alerta emitido pelos biólogos destaca a necessidade de monitoramento e medidas preventivas para conter a disseminação do verme no Brasil.

A compreensão de sua ecologia e impacto potencial é crucial para preservar a biodiversidade e manter a harmonia nos ecossistemas locais.

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