Seu QI está acima da média? Diagnóstico pode ocorrer também na fase adulta
Apesar de ser bastante associada às crianças e à infância, a superdotação pode ser descoberta em qualquer fase da vida.
O diagnóstico de uma pessoa superdotada não ocorre somente na infância. Apesar de associarmos o termo às crianças, já que a inteligência com pouca idade é algo que impressiona, o quadro de superdotação independe desse critério.
E acredite: nem só de gênios mirins é feito o grupo de pessoas prodígio.
De acordo com a Associação Mensa Brasil, existem, hoje, 2.621 pessoas superinteligentes que vivem no país e outros 31 brasileiros que moram no exterior.
As características mostram que o diagnóstico pode surgir ainda na fase adulta.
Quando isso ocorre, segundo o doutor em neurociência Fabiano de Abreu Agrela, a descoberta tende a acontecer depois que os pacientes vivem sem entender o motivo de certos comportamentos.
Em geral, os superdotados adultos chegam à maioridade com sentimento de exclusão e desconectados da realidade.
Efeitos da descoberta tardia de superdotação
Inteligência elevada pode ser diagnosticada na fase adulta. Fique de olho! – Foto: Reprodução
O diagnóstico tardio de uma pessoa superdotada ajuda justamente a esclarecer dilemas que se mantiveram até então. Existem casos, inclusive, de pacientes que descobriram a superinteligência depois dos 45 anos de idade.
Imagine os efeitos disso ao se fazer uma retrospectiva dos traumas e acontecimentos da vida.
É como se um portal se abrisse e por meio do qual a pessoa pudesse compreender o porquê do desenvolvimento cognitivo avançado, as habilidades em determinadas áreas, o aprendizado rápido, a criatividade, entre outros.
A média de QI no Brasil, hoje, é de pouco mais de 83 pontos. Existem pessoas cadastradas na Mensa, com mais de 40 anos e que passaram por testes supervisionados, que chegaram a 130 pontos.
Um exemplo a ser seguido
Um dos casos emblemáticos da Mensa é o do gaúcho André Di Francesco, diagnosticado com superdotação aos 47 anos. Depois de descobrir a inteligência elevada, ele decidiu seguir adiante e evoluir ainda mais.
André se inscreveu como voluntário no projeto Genetic Intelligence Program (GIP), que foi criado pelo neurocientista Fabiano Agrela. Ele busca entender mais sobre o genoma humano e, com isso, decifrar os mistérios da inteligência.
A dedicação do gaúcho rendeu frutos importantes. O comprometimento fez com que ele aprimorasse ainda mais as próprias habilidades, de forma que ele conseguiu se consolidar na Infinity Internacional Society (ISS), ou seja, a sociedade de alto QI.
Todo esse contexto só nos leva a crer que podem existir muitos adultos que ainda desconhecem que são superdotados, assim como os efeitos disso no dia a dia e no próprio comportamento.
Vale a pena ficar de olho e não desacreditar dessa possibilidade.