Segunda lua da Terra? Entenda o mistério por trás do asteroide Cruithne

Conheça Cruithne, asteroide que acompanha a Terra em uma órbita peculiar e é considerado a 'quase-lua' do planeta.

Você sabia que a Terra tem uma segunda lua? Embora não seja uma lua no sentido tradicional, o asteroide Cruithne é frequentemente apelidado de “segunda lua” devido à sua estranha órbita ao redor do nosso planeta.

Descoberto em 1986, Cruithne segue uma trajetória chamada de “órbita quasi-satélite”. Isso significa que ele acompanha a Terra ao redor do Sol, mas não orbita diretamente o nosso planeta como a Lua que vemos no céu.

O que é Cruithne, afinal?

Cruithne é um asteroide que mede cerca de 5 km de diâmetro, o que o torna relativamente pequeno em comparação com a nossa Lua. Sua órbita é peculiar, descrita pelos cientistas como uma órbita de ferradura.

Isso acontece porque Cruithne se aproxima da Terra, depois se afasta, retornando em outro ponto da sua trajetória. Esse ciclo se repete ao longo de centenas de anos, com um período de aproximadamente 770 anos para completar uma volta completa ao redor do Sol.

Uma das características mais intrigantes de Cruithne é que ele não fica preso em uma órbita estável ao redor da Terra, como a Lua.

Em vez disso, ele segue seu próprio caminho ao redor do Sol, mas sua proximidade e a maneira como sua órbita se alinha com a da Terra fazem parecer que ele está constantemente “nos seguindo”.

Foto: Reprodução

Existe perigo de colisão com a Terra?

Apesar de parecer uma segunda lua, Cruithne não representa perigo para a Terra. Sua órbita é inclinada em relação ao plano do sistema solar, o que mantém uma distância segura entre o asteroide e o nosso planeta.

Simulações mostram que, embora ele possa se aproximar da Terra em alguns momentos, uma colisão não é esperada, pelo menos pelos próximos milhares de anos.

A previsão é que o ponto mais próximo de Cruithne em relação à Terra acontecerá daqui a cerca de 2.750 anos, ainda mantendo uma distância segura.

O futuro de Cruithne

Curiosamente, a relação da Terra com Cruithne não é eterna. Em cerca de 8.000 anos, acredita-se que o asteroide terá um encontro próximo com Vênus, o que provavelmente alterará sua órbita, removendo-o de sua proximidade com a Terra.

Além disso, estudos sobre asteroides como Cruithne oferecem importantes pistas sobre como os planetas se formam e como as órbitas dos corpos celestes podem mudar ao longo do tempo.

Quem sabe, no futuro, asteroides como esse poderão ser usados em testes de aterrissagem ou até mesmo mineração, dado o crescente interesse em recursos espaciais.

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