Estudo aponta para mais de 160 planetas potencialmente habitáveis

Pesquisadores destacam a importância de telescópios avançados para aprofundar investigações e procurar bioassinaturas.

Um estudo recente, publicado na revista Arxiv, vinculada à Universidade Cornell, sugere que mais de 160 planetas podem ter características habitáveis no universo.

No entanto, apenas uma fração desses mundos apresenta condições ideais para sustentar a vida como conhecemos, com apenas 33 deles oferecendo uma radiação UV confiável e 11 exibindo a presença de fósforo, um elemento essencial para a vida.

Investigações com telescópios avançados para buscar bioassinaturas

Segundo os pesquisadores envolvidos no estudo, que utilizaram dados do Levantamento Decadal Astro2020, esses planetas foram identificados como potenciais candidatos para abrigar zonas habitáveis com base nas características de suas estrelas-mãe.

O projeto faz parte do Programa de Exploração de Exoplanetas da NASA, indicando uma seleção cuidadosa dos exoplanetas que podem ser mais promissores para abrigar vida.

Pesquisadores destacam a necessidade de mais investigações para confirmar a possibilidade de vida – Imagem: iStock/Reprodução

Os resultados da pesquisa ressaltam a importância de investigações mais aprofundadas, especialmente com o uso de telescópios de tecnologia avançada, como o Habitable Worlds Observatory (HWO), previsto para ser lançado em 2040.

Esse observatório terá como objetivo central a busca por outros mundos habitáveis e a confirmação de sua habitabilidade.

Outras descobertas

O recente estudo divulgado pela NASA abre perspectivas fascinantes sobre a possibilidade de vida além do nosso Sistema Solar.

Ao identificar 17 exoplanetas capazes de abrigar oceanos de água líquida sob camadas espessas de gelo, os pesquisadores destacam a importância desse elemento para o desenvolvimento de formas de vida.

A análise também revela a potencial atividade de criovulcanismo impulsionado pelas marés e a formação de exosfera nesses mundos, abrindo uma nova janela para a compreensão de processos geológicos em ambientes extremos.

A abordagem inovadora sugere que, mesmo em regiões frias e distantes, exoplanetas podem apresentar oceanos aquecidos internamente sob mantos de gelo.

Assim, tais astros desafiam as fronteiras tradicionais de “zona habitável” e ampliam nosso entendimento sobre os cenários propícios para a existência de vida.

Os pesquisadores também recomendam a construção de um grande telescópio espacial pela NASA para obter imagens de alto contraste, permitindo uma análise mais detalhada de cada um dos planetas identificados.

O foco das investigações estará na busca por bioassinaturas e outros dados que possam confirmar a possibilidade de vida fora da Terra, aumentando nossa compreensão sobre a diversidade do universo e as condições necessárias para a existência de vida.

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