Segredo revelado: como a maquiagem transforma os atores em monstros nos filmes de terror?
A maquiagem desempenha um papel fundamental na criação de monstros e criaturas aterrorizantes nos filmes de terror. Desde Lon Chaney até o uso moderno de CGI, a maquiagem é essencial.
Os filmes de terror são conhecidos por suas imagens horripilantes que assustam e cativam o público. Embora os efeitos visuais desempenhem um papel importante na criação de cenas assustadoras, é a maquiagem que, muitas vezes, transforma atores em criaturas dignas de pesadelos.
A criação das maquiagens para filmes de terror começa muito antes das câmeras começarem a rodar. A maquiagem é analisada cuidadosamente em conjunto com o roteiro para identificar as cenas que precisarão de efeitos especiais.
Também são considerados elementos como a posição da câmera, a iluminação e outros detalhes de produção que afetarão o resultado final. Até mesmo detalhes simples, como o sangue artificial, variam dependendo de como serão utilizados.
Existem dois tipos principais de maquiagem em filmes de terror: a de caracterização e a de efeito. A primeira mantém o ator com a mesma aparência durante todo o filme.
Já a segunda é responsável por transformar um personagem após ele passar por algum tipo de acidente ou transformação. Isso dá vida aos monstros e criaturas que povoam o mundo do horror.
História das maquiagens no cinema de terror
A história da maquiagem no cinema de terror remonta aos primórdios da sétima arte. Pioneiros como Georges Méliès e Thomas Edison já faziam uso de efeitos especiais e maquiagem em suas produções.
Além do mais, existiram gênios por trás da maquiagem de horror no cinema. Um deles foi Lon Chaney, que ficou conhecido por suas impressionantes caracterizações em filmes como “O Corcunda de Notre Dame” e “O Fantasma da Ópera“.
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Surpreendentemente, até a década de 1980, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas não premiava os artistas de maquiagem.
Já em 1981, o maquiador Rick Baker teve a honra de receber o primeiro Oscar de maquiagem por seu trabalho no longa “Um Lobisomem Americano em Londres”.
Imagem: MacabraTv/Reprodução
Técnicas teatrais e de feiras itinerantes
Os primórdios do cinema de terror presenciaram o surgimento de técnicas teatrais e feiras itinerantes que influenciaram fortemente os efeitos especiais.
A maquiagem e os efeitos práticos andavam de mãos dadas, e atores como Lon Chaney aprenderam muitos de seus truques nesses ambientes, onde o exagero era característico.
O lançamento de “King Kong”, em 1933, foi um marco importante para os efeitos especiais no cinema de terror. Técnicas como sobreposição e stop motion permitiram que o gigantesco Kong parecesse real, desafiando a lógica da época. Miniaturas e armaduras especiais foram usadas para dar vida à icônica criatura.
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Nas décadas de 1970 e 1980, a maquiagem de terror atingiu seu auge. Filmes como “O Massacre da Serra Elétrica”, “O Exorcista” e “A Profecia” impressionaram o público com suas cenas chocantes e realistas, graças ao trabalho de mestres como Dick Smith, Rick Baker e Tom Savini.
O futuro da maquiagem no terror
Com o avanço da tecnologia, o CGI começou a ganhar espaço na produção de filmes de terror. “Arraste-me Para o Inferno”, por exemplo, foi um filme que demonstrou a eficácia dos efeitos especiais combinados com maquiagem.
Nos últimos anos, os cineastas têm explorado a integração de CGI e efeitos práticos, criando visuais aterrorizantes que continuam impressionando o público. A combinação de técnicas antigas com as mais recentes permanece como a chave para assustar e fascinar o público nos cinemas.