Saiba o que é ficção e o que é real em ‘Bem-Vindos à Vizinhança’
Como de costume, 'Bem-Vindos à Vizinhança' acrescenta um pouco de ficção em uma história real. Veja algumas diferenças entre as histórias!
Inspirada na história real de um stalker que deixa uma família inteira ameaçada, a minissérie de terror chamada “Bem-Vindos à Vizinhança” mostra o que de fato aconteceu na casa 657. Na vida real, os fatos aconteceram com a família Broaddus; já na série, a família que sofre ameaças após sua mudança é a família Brannock. Mas, como de costume, a série estende um pouco suas cenas dos fatos reais e, com isso, fica difícil saber o que é ficção e o que de fato aconteceu.
A produção é bastante precisa ao retratar a visão do autor, mas, quando se aprofunda no mundo da ficção, paralelos são traçados entre a identidade da série e um crime esquecido que é pano de fundo para a trama. A partir disso, seu enredo passa a ser mais crível e interessante. O fato é que, além de acrescentar ficção ao enredo, muitos detalhes ainda estão relacionados à família Broaddus.
Afinal, qual é a história verdadeira da família por trás do filme? O casal Derek e Maria Broaddus, que na série são, respectivamente, Dean e Nora Brannock, compram a casa dos sonhos por US$ 1,36 milhões. Alterando apenas o código postal, a série usa exatamente o mesmo endereço, sendo ele: 657 Boulevard em Westfield, Nova Jersey.
Na série, a maior diferença entre as duas casas é que a casa real não possuía porão e era relativamente menor. Além disso, o casal nunca foi informado sobre as cartas anônimas que chegavam até seu novo endereço. Eles receberam três cartas de alguém que se responsabilizava por vigiar a casa. A carta diz que, de geração em geração, alguém de sua família observava a casa, a qual, naquela época, já tinha mais de um século.
O observador ainda pergunta se eles sabiam a verdadeira história da casa e promete descobrir o motivo de a família ter se mudado para lá. Essa foi apenas a primeira carta, pois, em seguida, chegaram mais duas. Toda essa história se tornou viral quando um repórter descobriu sobre a casa e, a princípio, a família queria manter tudo isso longe das mídias.
Diferentemente de como ocorre na série, os pais verdadeiros optaram por não contar a seus filhos sobre as cartas, bem como a briga do casal com os vizinhos da frente não foi tão violenta quanto a retratada na produção. Já em relação à primeira carta, ela dirigia-se aos Broadduses como “Querido novo vizinho no 657 Boulevard”, o que deixa a entender que o autor é algum vizinho.
Ainda sobre os fatos reais da história, em 2020 eles tentaram cuidar do caso por conta própria, mas o escritório do promotor não aceitou a oferta de entregar o DNA coletado nas cartas.
Essas são algumas diferenças entre o que é real na série e o que é fictício; no entanto, a maior diferença revelada até agora, sem dúvidas, é a mais surpreendente: a família original nunca morou na casa!
Como a mudança colocaria a vida do casal e dos filhos em risco, eles optaram por deixar a casa vazia. Depois de receber a primeira carta, eles tentaram vender a casa por US$ 1,5 milhão, mas seus clientes souberam sobre as cartas e desistiram da compra.
Em 2019, por fim, os Broadduses finalmente conseguiram vender a casa, mas pelo valor de US$ 959.000. Um baita prejuízo, não é mesmo! Mas, por sorte ou não, a família está conseguindo alguns retornos após vender os direitos autorais da história para a Netflix.