Tolkien: veja como foi a recepção inicial dos livros de ‘O Hobbit’ e ‘O Senhor dos Anéis’

Nem só de críticas positivas vive uma obra. Uma das maiores produções da cultura pop dividiu críticos em seu lançamento original.

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Parece que existe um padrão quando falamos das obras de J. R. R. Tolkien, isso tanto nas recepções dos filmes quanto na série.

Ao serem lançadas, seja com aclamação ou com críticas ruins, a história está sempre ligada a uma recepção mista por parte do público. Quando publicado originalmente em 1937, por exemplo, “O Hobbit” teve uma recepção um pouco dividida.

Inspirado pelo momento em que o mundo passa pela Primeira Guerra Mundial, Tolkien produziu “O Hobbit” e, depois, a trilogia de “O Senhor dos Anéis“, com os livros “A Sociedade do Anel”, “As Duas Torres” e “O Retorno do Rei”.

Lançada na década de 1930, a continuação da história dos hobbits só viria a acontecer entre os anos 1954 e 1955, quando foram publicados os três livros seguintes.

A primeira obra foi um sucesso de vendas tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos, sendo recepcionado por críticas positivas, em sua grande parte.

A trama acompanha a história de Bilbo Bolseiro, que rapidamente encantou parte dos leitores, sendo comparado por alguns críticos a Lewis Carrol e o fantástico mundo de “Alice no País das Maravilhas”.

Entre as críticas, Tolkien foi chamado por C. S. Lewis, autor de “As Crônicas de Nárnia”, como um “erudito com a compreensão de mitologia do poeta”.

Além isso, a crítica escreveu para o The Times:

“O professor deu um ar de não inventar nada. Ele estudou trolls e dragões em primeira mão e os descreveu com essa fidelidade que é equivalente a oceanos de simplista ‘originalidade’.”

Nem tudo são flores (ou melhor, elogios)

Ainda que tenha tido muitas críticas positivas, a obra que começou a história de “O Senhor dos Anéis” também recebeu duras críticas negativas.

Um jornal especializado de Birmingham, na Inglaterra, com foco em crítica literária, escreveu que as aventuras de Bilbo eram um “retrocesso deliberado” e que isso não fazia justiça na continuidade de “acontecimentos naturais”.

Tudo isso começou a mudar um pouco com o lançamento dos três últimos livros. Com toda a história em mãos, era possível visualizar para onde os acontecimentos estavam indo e que, na verdade, alguns eventos eram parte de algo ainda maior.

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Não há unanimidade: algumas pessoas irão preferir “O Hobbit” isoladamente, enquanto outras preferem apenas a trilogia que deu origem a “Senhor dos Anéis”.

De todo jeito, as obras de Tolkien e suas adaptações sempre irão causar uma certa divisão entre o público. Afinal, o tema de alta fantasia mexe com o imaginário de muitas pessoas e a forma como a literatura toca cada um é individual.

Ainda assim, após o lançamento dos livros, o The New York Times elegeu os livros como “os maiores trabalhos de ficção do século XX” ao mesmo tempo que críticas negativas foram feitas.

Havia comentários dizendo que o trabalho do autor era “anêmico”, que sua escrita era “amadora” e “desnecessariamente grande”.

Por fim, fica claro que sempre haverá aqueles que gostam e os que não gostam de determinadas obras.

Contudo, é inegável o quanto a obra de Tolkien foi importante para toda a cultura pop e as produções e histórias que temos hoje.

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