Quanto o ser humano conhece o fundo do mar? Resposta vai te surpreender

Parte ínfima das profundezas oceânicas foi explorada até hoje, revelando que a humanidade ainda está longe de compreender os mistérios submersos.

A vastidão dos oceanos, que cobrem cerca de 66% da superfície terrestre, continua a ser um dos maiores mistérios para a humanidade. Um recente estudo publicado na Science Adviser revelou que apenas uma fração ínfima das profundezas oceânicas foi desvendada até agora.

Com base em dados de aproximadamente 44.000 mergulhos realizados desde 1958, especialistas em oceanografia destacam que apenas 0,001% do fundo do mar foi explorado.

Enquanto algumas regiões costeiras do Japão, Estados Unidos e Nova Zelândia tiveram maior atividade exploratória, outras áreas, como o Oceano Índico, permanecem em grande parte desconhecidas.

As nações líderes nessas expedições incluem, além dos mencionados, a França e a Alemanha, mas ainda há uma vasta extensão de águas não investigadas. Assim, apesar dos avanços tecnológicos, como o uso de sonares, desafios persistem na investigação das profundezas.

Avanços e limitações tecnológicas

Embora tecnologias avançadas, como veículos operados remotamente, estejam disponíveis, eles permitem apenas a visão de pequenas porções do leito oceânico por vez.

Katherine Bell, líder da pesquisa, destaca que a ausência de luz solar em áreas profundas dificulta ainda mais a exploração.

A descoberta de micróbios em fontes hidrotermais na década de 1970 revolucionou nosso entendimento dos ecossistemas marinhos. Ainda assim, com todas as informações que temos hoje, é impossível criar um mapa global do fundo do oceano.

Impactos e descobertas

Mesmo afastados do olhar humano, os oceanos desempenham um papel vital na regulação de nutrientes e oxigênio na superfície. As correntes oceânicas trazem vida às áreas que conhecemos.

Além disso, diferentes habitats marinhos permanecem a ser descobertos, como evidenciam os cnidários e vermes em profundidades significativas.

Desafios futuros

A mineração em águas profundas, intensificada durante o governo Trump nos EUA, revela novas espécies, mas também coloca em risco a vida marinha antes que sejam cientificamente identificadas.

Bell enfatiza que, embora algumas descobertas tenham sido feitas, ainda estamos longe de mapear completamente os diversos ecossistemas do fundo do mar.

Apesar dos avanços na tecnologia e na pesquisa, a grande maioria dos oceanos permanece inexplorada. Este fato ressalta a necessidade de novos esforços e colaborações internacionais para desvendar esses mundos submersos.

Cada descoberta traz à tona mais perguntas do que respostas, mantendo o fundo do mar como um dos maiores desafios e fascinantes mistérios científicos.

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