Em alta, produção de alimentos orgânicos é tendência no Brasil
Números aumentaram de forma surpreendente na última década.
A busca por saúde e sustentabilidade tem sido uma das maiores pautas atuais tanto no sentido individual quanto no coletivo. Países, instituições e diferentes órgãos buscam formas para o bem-estar humano e ambiental. Dentre os mercados que surgem como alternativa mais saudável, está o de alimentos orgânicos.
No Brasil, a produção desse tipo de alimento teve um grande destaque na última década, com um aumento de quatro vezes em seu montante comparativo. De acordo com dados da Associação de Agricultura Orgânica (AAO), hoje, o país possui cerca de 25 mil agricultores orgânicos nas diferentes regiões brasileiras, sendo a maioria deles da categoria familiar.
O que é produção orgânica?
Os alimentos e produtos orgânicos são aqueles que se produz de forma totalmente natural, sem a utilização de agrotóxicos, fertilizantes sintéticos, componentes químicos que acelerem a produção ou uma grande mecanização dos processos.
Conforme definição da AAO:
“Agricultura Orgânica é um processo produtivo comprometido com a organicidade e sanidade da produção de alimentos vivos para garantir a saúde dos seres humanos, razão pela qual usa e desenvolve tecnologias apropriadas à realidade local de solo, topografia, clima, água, radiações e biodiversidade própria de cada contexto, mantendo a harmonia de todos esses elementos entre si e com os seres humanos.”
Atualmente, o Brasil está em 4º lugar no ranking dos maiores consumidores desses alimentos. Um mercado que, em 2020, movimentou US$ 5,8 bilhões. Para 2023, a estimativa é de US$ 7 bilhões.
Já a Pesquisa Organis (Associação de Promoção dos Orgânicos), divulgada em 2022, apontou que 31% dos brasileiros declaram consumir algum tipo de item orgânico. Além dos altos números de consumo, em dez anos, o país aumentou em 300% a quantidade de unidades produtoras.
De acordo com especialistas, a tendência é que, com o aumento de políticas públicas e o interesse do público consumidor, a produção orgânica do Brasil deve seguir crescendo. Cobi Cruz, diretor-executivo da Organis, aponta também o mercado externo como uma possibilidade:
“Além do grande horizonte no consumo interno, a exportação é um imenso campo ainda a ser melhor trabalhado.”