Já ouviu falar em compostagem humana? Saiba o que é e como ela pode melhorar o meio ambiente

Essa nova prática permite que menos danos ambientais sejam gerados, transformando o mundo em um lugar melhor.

O ser humano, ainda quando morre, dá um jeito de prejudicar o meio ambiente. Por isso, uma nova prática, legalizada pelo estado de Washington, nos Estados Unidos, em 2019, pode ser a solução para a problemática dos enterros e crematórios.

Trata-se de uma forma ecológica de descarte humano. Além da capital dos Estados Unidos, outros estados legalizaram a compostagem humana. Mas o que é a compostagem humana? Como ela funciona? E por que se trata de uma prática ecológica? Continue a leitura e confira tudo sobre esse assunto.

O que é a compostagem humana e como ela funciona?

A Redução Orgânica Natural, ou compostagem humana, é uma nova prática na qual os restos humanos não embalsamados sofrem um tipo de processo para que se transformem em solo. A primeira casa funerária de compostagem humana surgiu no começo de 2021 e se chama Recompose.

A instituição insere os corpos em espécies de “berços”, juntamente com alfafa, lascas de madeira e palha. Com isso, inserem os “berços” em um espaço maior e com mais materiais orgânicos para que os microrganismos possam se alimentar mais rapidamente da matéria orgânica (do corpo, propriamente dito). Assim, completa-se o processo, que dura em média 30 dias, transformando os restos mortais em solo.

Por que a compostagem humana é uma prática ecológica?

Uma vez que a compostagem humana não necessita de materiais ou gases que agridam o ambiente, como o caixão nos enterros convencionais, que possui detalhes em materiais que não são biodegradáveis, ou até mesmo o gás carbônico que se usa na cremação, consideram-na o método mais ecológico de todos.

compostagem humana
Foto: Reprodução

A gerente de divulgação da Recompose, Anna Swenson, explicou no blog da empresa que o método que a empresa utiliza gasta somente ⅛ da energia que é consumida para um enterro convencional. Além disso, explicou sobre a comparação entre a prática da Redução Orgânica Natural com as cremações realizadas:

“Não usamos combustíveis fósseis e gás da mesma forma que os crematórios usam”, afirmou Swenson.

Qualquer pessoa pode fazer o enterro verde?

A resposta para essa pergunta é: não! Isso porque pessoas que faleceram de doenças virais ou bacterianas com alta capacidade de infecção, como a covid-19 ou tuberculose, podem acabar levando os agentes nocivos ao solo que será produzido. Então, por isso é preciso saber a causa da morte para avaliar a aptidão para o enterro verde.

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