Procon esclarece: maquiadoras podem ou não cobrar mais caro de noivas?

Após repercussão nas redes sociais de um caso envolvendo uma noiva e uma maquiadora do Distrito Federal, Procon divulga quais realmente são as regras para casos como este.

Depois de uma polêmica envolvendo uma maquiadora e uma noiva do Distrito Federal sobre o valor cobrado por um serviço, o Procon veio a público para divulgar as verdadeiras regras dessa situação.

O caso repercutiu bastante na internet. A cliente publicou um vídeo no qual conta ter sido chamada de golpista por uma maquiadora.

O motivo? Em vez de dizer que seria a noiva do casamento, ela simplesmente disse que precisava de uma maquiagem social, sem entrar em mais detalhes.

O serviço foi executado por um preço abaixo do que seria caso ela tivesse dito que era a noiva.

Isso acontece porque as maquiadoras costumam elevar o valor da maquiagem quando alguém se identifica simplesmente como a pessoa que vai se casar.

A polêmica foi imediata na internet e dividiu a opinião das pessoas. Da mesma forma que alguns defenderam a profissional, outros consideraram um absurdo o método utilizado para lucrar mais em cima das noivas.

Resta-nos agora saber o que o Procon diz sobre o caso.

Você acha certo cobrar mais pela maquiagem só pelo fato de a pessoa ser a noiva do casamento? – Foto: Reprodução

A regra é clara

O Procon do Distrito Federal se posicionou diante do ocorrido e esclareceu que a venda de um produto ou serviço atrelado a uma data comemorativa é considerada prática abusiva.

“É uma prática abusiva. Tem o dispositivo no Código de Defesa do Consumidor que fala justamente sobre isso. A recusa da venda de produtos ou de serviços é proibida no mercado a quem se dispõe a pagar”, afirma o diretor do Procon-DF, Marcelo Nascimento.

Vale destacar, no entanto, que essa é uma situação recorrente e o consumidor precisa ficar atento para não se surpreender.

Caso se sinta lesado, procure um órgão de Defesa do Consumidor, pois o comércio ou profissional pode ser alvo de multa.

O que dizem as partes envolvidas?

No vídeo publicado na internet, a noiva Bruna Eloísa relatou que precisava de uma maquiagem básica para o casamento, pois queria economizar.

Os valores aplicados para quando a pessoa se diz noiva, no entanto, são mais altos do que o normal.

“Entrei em contato com várias maquiadoras e nenhuma poderia fazer uma make social para uma noiva. Às vezes, a noiva não quer toda essa regalia, não quer todo esse atendimento especial, só quer uma maquiagem ou não pode pagar o pacote de noiva”, explicou ela no vídeo.

Bruna fechou o serviço dizendo que queria apenas uma maquiagem social e recebeu mensagens da maquiadora assim que ela descobriu que a cliente era uma noiva. A profissional a chamou de golpista.

Por meio das redes sociais, a maquiadora Jey Abrantes se pronunciou em tom de indignação:

“Nem perguntei se ela era noiva. Ela soltou que ia para um batizado e a mãe também. Ainda fez a amiga e a mãe mentirem, dizendo que era batizado. A pessoa ainda sai de certa.”

E aí, quem tem razão nessa situação?

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