Por que Sininho e Esmeralda não são consideradas princesas da Disney?

Duas personagens marcantes foram deixadas de fora da linha de 'Princesas da Disney', levantando questões sobre motivos e consequências dessa decisão.

No início do novo milênio, no ano de 2000, uma nova era nasceu no universo mágico da Disney, graças a uma iniciativa ambiciosa liderada por Andy Mooney.

Foi neste ano que ele deu vida à divisão de lançamentos focados nas adoradas “Princesas da Disney”, um esforço que elevou personagens como Cinderela, Branca de Neve e Ariel a um status ainda mais elevado na cultura popular.

No entanto, entre as estrelas brilhantes dessa constelação de personagens, duas figuras notáveis parecem ter sido deixadas para trás: Sininho, de “Peter Pan” (1953), e Esmeralda, de “O Corcunda de Notre-Dame” (1996).

Entenda o motivo da decisão

A ausência de Sininho e Esmeralda nesse rol de princesas icônicas levanta uma questão intrigante: qual é o motivo por trás dessa omissão?

É interessante notar que, embora ambas tenham sido contempladas em várias coleções, a trajetória de cada uma nesse contexto é peculiar. No entanto, a falta de seus títulos de “princesa” não foi comunicada de maneira clara ao público.

Imagem: Reprodução/Disney Studios

Andy Mooney, o cérebro por trás da revolução das “Princesas da Disney“, não revelou abertamente os motivos que levaram à exclusão de Sininho e Esmeralda. No entanto, em entrevistas anteriores, Mooney lançou luz sobre o assunto.

Ele expressou que sempre houve um questionamento interno sobre a inclusão de Esmeralda na mitologia das princesas, levando à conclusão de que ela não se encaixava nesse perfil.

Quanto à Sininho, ela acabou encontrando uma nova posição de destaque no marketing da Disney, ainda que não como uma princesa tradicional.

Curiosamente, a trajetória de Esmeralda parece mais nebulosa, como se tivesse sido abandonada pela empresa de animação. Com isso, historiadores e especialistas têm especulado sobre os motivos por trás disso.

Uma das teorias mais comuns é que a personagem foi considerada não comercializável ou inadequada para o público infantil.

Isso, no entanto, soa polêmico, já que Esmeralda é retratada como bondosa, inteligente e dotada de uma personalidade forte. Seria, então, uma marca bem clara do preconceito e racismo da empresa — e, pior, do público que consome suas obras?

Imagem: Reprodução/Disney Studios

O enigma por trás da ausência de Sininho e Esmeralda como princesas da Disney nos convida a explorar as nuances das decisões de marketing da empresa.

A questão sobre quem se qualifica como uma “princesa” no reino da Disney vai além dos atributos pessoais e inclui critérios de marketing, popularidade e contexto cultural.

A jornada de Sininho e Esmeralda destaca como a imagem de uma personagem pode ser moldada e remodelada pela estratégia de marca e pelo mercado, muito mais do que pelos próprios princípios da empresa.

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