Por que alimentos gelados podem congelar o cérebro instantaneamente?

Uma simples guloseima gelada pode desencadear uma dor de cabeça instantânea e intensa. Confira por qual motivo isso acontece!

Quem nunca experimentou aquela pontada aguda na cabeça ao saborear um sorvete ou beber algo extremamente gelado?

Popularmente conhecida como ‘Brain Freeze’ em inglês, essa dor de cabeça repentina é um fenômeno curioso e muitas vezes enigmático.

Mas o que exatamente desencadeia tal sensação incômoda e por que ela ocorre quando consumimos algo gelado de maneira rápida?

Uma dor aguda após consumir algo gelado – Imagem: Live Science/ Reprodução

Uma proteção do próprio corpo

O termo Brain Freeze, traduzido para o português como congelamento cerebral, refere-se a uma dor de cabeça súbita e intensa que ocorre após a ingestão rápida de alimentos ou bebidas geladas.

Embora não represente um perigo à saúde, compreender os processos que acarretam essa experiência pode ajudar a amenizar o desconforto.

O fenômeno do Brain Freeze tem início quando algo extremamente gelado entra em contato com o palato, a parte superior da boca.

Ao consumir algo frio rapidamente, os vasos sanguíneos na região do palato se contraem e depois se dilatam rapidamente. Isso é uma resposta do sistema nervoso autônomo à mudança brusca de temperatura.

A rápida dilatação dos vasos sanguíneos provoca sinais de dor transmitidos para o cérebro através dos nervos trigêmeos, responsáveis pela sensibilidade da face e cabeça.

Esses sinais de dor são interpretados pelo cérebro como provenientes da testa, o que resulta na sensação de dor de cabeça intensa e localizada.

A sensação de dor de cabeça intensa durante o Brain Freeze é um alerta do corpo para que o indivíduo reduza a ingestão de algo gelado, evitando uma diminuição excessiva da temperatura cerebral.

Assim, a resposta dolorosa tem um propósito protetivo, sinalizando ao cérebro que há uma condição de desconforto térmico e que medidas devem ser tomadas para evitar uma possível lesão ou desconforto prolongado.

A mudança bruta de temperatura

A explicação científica por trás do Brain Freeze envolve a ativação de receptores de dor, conhecidos como nociceptores, que respondem à mudança extrema de temperatura.

Tais receptores detectam a variação rápida de calor para o frio e enviam sinais de alerta ao cérebro, causando uma resposta dolorosa.

Para aliviar o desconforto, é recomendável pressionar a língua contra o céu da boca. Isso ajuda a aquecer a região afetada, restaurando gradualmente a temperatura normal e aliviando a contração e dilatação abruptas dos vasos.

O Brain Freeze, apesar de momentaneamente incômodo, é um fenômeno inofensivo. Compreender os processos fisiológicos por trás nos permite apreciar, de maneira consciente, os prazeres gelados da vida, enquanto aprendemos a lidar com as reações do nosso corpo de forma mais tranquila.

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