Pode isso? Governador do Amazonas quer cobrar Jeff Bezos pelo uso do nome 'Amazon'

Wilson Lima levanta debate sobre royalties em nome ligado à região amazônica durante a COP 28 enquanto empresa nega conexão direta com o estado.

O embate entre o governador do Amazonas, Wilson Lima, e a gigante multinacional Amazon, liderada por Jeff Bezos, ganhou destaque na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai.

A busca de Lima por compensações pelo uso do nome “Amazon” pela empresa despertou um debate complexo sobre propriedade intelectual, significados e conexões simbólicas.

As razões e as réplicas

Lima levantou a questão dos possíveis benefícios que a região amazônica poderia receber em decorrência do nome utilizado pela empresa, o mesmo que designa o maior rio do mundo.

No entanto, a própria Amazon esclarece em seu site que sua denominação remete ao rio e não ao estado brasileiro.

O embate ganha nuances adicionais com a explicação fornecida pela empresa sobre a escolha do nome.

Jeff Bezos, segundo a narrativa da Amazon, associou a magnitude e diversidade do Rio Amazonas à ambição de criar a maior livraria online do mundo, buscando uma posição de destaque alfabético nos primórdios da internet.

Apesar das intenções de Lima em buscar uma possível compensação pelo uso do nome, a posição da Amazon é clara ao dissociar sua marca do estado.

Além disso, o histórico de criação da empresa, surgida em 1994 como uma livraria online, e sua expansão global posterior, incluindo a chegada ao Brasil em 2012, reforçam a narrativa da Amazon sobre a origem do seu nome.

A reação nas redes sociais foi intensa, com críticas e até mesmo ironias em relação à declaração de Lima.

Políticos e usuários das redes sociais se manifestaram, alguns tratando o posicionamento do governador como um equívoco, enquanto outros encararam a situação com humor, como foi o caso do deputado federal Lindbergh Farias, que ironizou a fala de Lima.

O embate entre o estado do Amazonas e a multinacional Amazon revela não apenas questões de propriedade intelectual, mas também a relevância simbólica do nome ligado à região amazônica.

A discussão ganha contornos interessantes durante um evento voltado para as mudanças climáticas, destacando a importância do nome e sua associação com a preservação da maior floresta tropical do mundo.

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