Pesquisa revela quando o planeta pode tornar-se inabitável
Pesquisadores da universidade de Bristol alertam para a ameaça de extinção em massa no futuro, devido a condições meteorológicas extremas e formação de supercontinente.
Uma pesquisa recente liderada por uma equipe da Universidade de Bristol, divulgada na revista Nature Geoscience, apresenta uma perspectiva alarmante para o futuro do planeta.
De acordo com inovadores modelos climáticos, a Terra pode se tornar praticamente inabitável para a maioria dos mamíferos em aproximadamente 250 milhões de anos. Isso traz consigo a possibilidade de uma extinção em massa comparável à dos dinossauros.
Condições extremas em uma nova Pangeia
Situação térmica extrema e supercontinente podem deixar o planeta inabitável – Imagem: Shutterstock/Sepp photography/Reprodução
Os cientistas destacam a possibilidade de uma intensificação significativa das condições meteorológicas extremas, quando os continentes se fundirem. Isso vai formar um supercontinente único, resultando em um ambiente árido e desafiador para a vida.
Esse novo cenário, conhecido como ‘nova Pangeia‘, também estaria associado a um aumento substancial da atividade vulcânica.
Ao simular esse cenário, prevê-se que as altas temperaturas se agravarão à medida que o Sol se tornar mais brilhante, liberando mais energia e aquecendo a Terra.
Os processos tectônicos envolvidos na formação do supercontinente também poderiam desencadear erupções vulcânicas mais frequentes, liberando quantidades massivas de dióxido de carbono na atmosfera e contribuindo para o aquecimento global.
A maior parte do novo continente experimentaria temperaturas mínimas de 40 °C, criando extremos diários ainda mais elevados.
Tal ambiente deixaria o planeta em grande parte desprovido de recursos alimentares e hídricos para os mamíferos, incluindo os humanos.
O estudo enfatiza implicações significativas para o futuro, sublinhando a importância de não negligenciar a atual crise climática, consequência das emissões de gases de efeito estufa causadas pelo ser humano.
Embora as mudanças climáticas induzidas pelo homem possam gerar estresse térmico e mortalidade em algumas regiões, espera-se que o planeta permaneça habitável até que essa mudança extrema nas massas de terra ocorra em um futuro distante.
Os pesquisadores ressaltam a necessidade urgente de alcançar a neutralidade carbônica para mitigar os efeitos das atuais alterações climáticas.
No entanto, alertam que, mesmo que a Terra permaneça na ‘zona habitável’ do sistema solar daqui a 250 milhões de anos, a formação de um supercontinente com a presença elevada de dióxido de carbono transformaria a maior parte do globo em um ambiente inóspito para os mamíferos.