Pesquisa mostra a importância de conexões sociais no combate aos prejuízos da solidão

A solidão pode ter efeitos prejudiciais para a saúde física e mental. Conexões sociais são fundamentais para o bem-estar psicológico; entenda.

Vivemos em uma sociedade cada vez mais conectada digitalmente, mas, paradoxalmente, a solidão tem se tornado um problema significativo. Estudos científicos demonstram que ficar sempre sozinho pode ser tão prejudicial quanto a fome, afetando a saúde física e  mental.

A escassez de conexões sociais adequadas pode levar a sentimentos de isolamento e falta de conexão com outras pessoas, comprometendo o bem-estar geral.

Solidão é um desafio para o bem-estar psicológico

A solidão é um sentimento subjetivo de isolamento social ou falta de conexões sociais. Embora possa afetar pessoas de todas as idades, os jovens adultos são particularmente suscetíveis a experimentá-la.

Pesquisas mostram que até 80% dos estudantes universitários relatam sentir-se solitários em algum momento durante a carreira acadêmica.

Sentir-se compreendido pelos outros é crucial para as conexões sociais e está associado a uma maior satisfação com a vida.

Quando nos sentimos entendidos, é mais provável que nos engajemos em comportamentos socialmente proativos e experimentemos emoções positivas.

Como o cérebro processa a solidão?

Um estudo recente investigou a relação entre solidão, atividade cerebral e interações sociais. Os pesquisadores utilizaram ressonâncias magnéticas para analisar a atividade do cérebro de estudantes universitários enquanto assistiam a um trecho de filme que mostrava interações sociais significativas.

Os resultados revelaram grandes diferenças na atividade cerebral entre os indivíduos solitários e aqueles que não experimentavam solidão. Regiões do cérebro envolvidas na cognição social e processamento de informações sociais apresentaram padrões distintos nos solitários.  

Eles demonstraram ter menor similaridade de atividade cerebral entre si e em relação aos não solitários. Além disso, altos níveis de solidão foram associados a uma maior ativação de regiões cerebrais relacionadas a emoções negativas.

Isso sugere que as pessoas solitárias processam o mundo de forma diferenciada, o que pode contribuir para uma sensação de menor entendimento do outro e uma maior sensibilidade a sugestões sociais negativas.

Essas diferenças na atividade cerebral podem ser uma das bases neurais da solidão.  

A importância das conexões sociais

A pesquisa ressalta a importância das conexões sociais para combater a solidão e melhorar a qualidade de vida. É fundamental a busca por intervenções efetivas para ajudar os solitários a desenvolver relações sociais saudáveis.  

As descobertas desse estudo não apenas destacam a necessidade de abordar a solidão como um problema de saúde pública, mas também enfatizam a importância de uma abordagem multidisciplinar.  

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