Permitir acesso à localização é seguro? Prós e contras que você deve conhecer

Se você já se sentiu vigiado ao falar sobre uma compra desejada e, pouco tempo depois, se deparar com anúncios do produto no seu celular, saiba que suas suspeitas podem ter razão de ser.

Na verdade, muitos aplicativos e plataformas online coletam dados sobre as nossas atividades na internet para variados fins.

Eles podem incluir desde a melhoria da experiência do usuário até a venda de anúncios personalizados, o que representa uma importante fonte de receita para as chamadas big techs.

Atualmente, discussões sobre a segurança e a privacidade dos usuários ganham cada vez mais espaço na sociedade.

Diante disso, empresas de tecnologia argumentam que a coleta de dados permite melhorar a segurança das contas e adequar os serviços oferecidos às preferências dos usuários.

No entanto, essas informações também são usadas para fins lucrativos, como a venda de anúncios direcionados.

Preocupações sobre a privacidade dos usuários levaram muitos governos ao redor do mundo a estabelecer limites sobre o que as empresas podem fazer com os dados coletados.

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sancionada em 2018, é um exemplo desse movimento.

Acesso à localização: permitir ou não?

Descubra se é seguro ou não compartilhar sua localização – Imagem: Unsplash/Reprodução

O fornecimento de dados de localização é um exemplo claro desse dilema entre segurança e privacidade.

Aplicativos de mapas e GPS, assim como os de transporte, precisam que o usuário permita o acesso a essas informações para funcionar corretamente.

Entretanto, outros aplicativos podem não ter necessidade de acesso a essa informação, sendo relevante ao usuário analisar caso a caso quando vale a pena fornecer esses dados.

A localização como fator de segurança

Apesar dos riscos à privacidade, o fornecimento da localização pode ser crucial em situações de emergência.

Por exemplo: o rastreamento do celular pode permitir a localização rápida de pessoas desaparecidas ou a recuperação de dispositivos roubados.

A tecnologia de rastreamento também pode permitir a comunicação e o resgate rápido em situações críticas.

Liberdade de escolha

Em suma, a decisão de permitir ou não a coleta de dados e a disponibilização da localização deve ser uma escolha pessoal, baseada na análise dos benefícios e riscos em cada situação.

A tecnologia já avançou o suficiente para permitir que tenhamos ao mesmo tempo segurança e privacidade – e é nosso papel exigir ambas.

No fim, o mais importante é estar atento e fazer escolhas conscientes sobre a forma como interagimos com a tecnologia, sempre levando em conta as implicações para a nossa segurança e privacidade.