Afinal, Oumuamua é ou não uma nave alienígena? Resposta finalmente vem à tona
Estudo recente publicado na revista Nature apresenta uma explicação para o fato de Oumuamua constantemente modificar sua velocidade.
Já se passaram cerca de seis anos desde que o Oumuamua chegou ao nosso Sistema Solar e até hoje o objeto é fonte de muita especulação e diversas teorias da conspiração.
A descoberta de outras civilizações fora do nosso planeta é um sonho para alguns e pesadelo para outros. Porém, muitas pessoas assumem que alienígenas estejam lá fora, em algum lugar, enquanto outros acreditam que eles já estejam por aqui, no planeta Terra.
Quando o Oumuamua chegou ao nosso Sistema Solar e passou a modificar sua velocidade, muitos astrônomos ficaram assustados com essa situação. Quando a notícia veio a público, muitos ficaram eufóricos por acharem que o objeto se tratava de algum tipo de sonda ou nave. No entanto, ele é apenas uma rocha e nem sequer é muito grande.
Em comparação a outros objetos de nosso Sistema Solar, os 400 metros de comprimento por 40 metros de largura nem são tão grandes assim. Contudo, o fato de a velocidade do objeto se modificar é algo que realmente intriga os astrônomos ou, ao menos, intrigava.
Por que Oumuamua tem sua velocidade modificada?
Em 2017, quando o objeto chegou ao nosso Sistema Solar, pensou-se primeiramente que poderia ser um cometa, porém, os cometas são compostos por gelo e gás. Portanto, quando se aproximam do Sol, formam uma cauda.
Assim como também não pode ser um asteroide, já que esses são movidos pela força gravitacional, e o objeto possui variações de velocidade ao movimentar-se.
Mas então a pergunta é: de onde vem essa modificação? Foi isso que um estudo recente e publicado na revista Nature apurou. De acordo com o estudo, Oumuamua, em “sua terra natal”, ou seja, no sistema solar em que foi formado, era, na verdade, um cometa.
No entanto, ao escapar de seu sistema solar, o objeto foi viajando pelo espaço, onde a radiação soltou os átomos de hidrogênio presentes na água em seu interior. Isso, somado à temperatura negativa do espaço, formou moléculas de hidrogênio presas dentro do gelo no interior do objeto.
Sendo assim, ao chegar ao nosso Sistema Solar, o calor do Sol acabou modificando a estrutura de gelo presente no objeto, liberando algumas das moléculas de hidrogênio.
Essa liberação, por sua vez, acabou sendo grande o suficiente para empurrar o Oumuamua. Portanto, é basicamente como soltar a boca de um balão pouco a pouco. De acordo com a principal autora do estudo, Jennifer Bergner:
“Se pudermos encontrar cometas menores da nuvem de Oort – na borda do Sistema Solar – à medida que eles estão chegando, podemos potencialmente testar se vemos a desgaseificação do hidrogênio.”
Uma infelicidade para os teóricos da conspiração, mas uma possível intrigante descoberta para a Ciência.