Origem do Universo pode ser MUITO DIFERENTE do que imaginávamos; confira

A mais recente descoberta feita pelo satélite James Webb apavorou diversos cientistas. O passado do Universo pode ser muito diferente do que sabemos.

Por anos, os cientistas e, principalmente, os astrônomos sempre ficaram intrigados sobre como ocorreu o início do Universo. Contudo, até o momento, não existiam tecnologias capazes de investigar as teorias apresentadas.

Mas, como muitos sabem, há poucos anos, o satélite James Webb foi posto em órbita, e com ele muitas descobertas foram feitas. O satélite é o mais avançado já construído e colocado em operação, superando o então melhor satélite disponível, Hubble.

A grande diferença entre ambos é em relação aos comprimentos de ondas que captam, pois Hubble só capta o ultravioleta e óptica, enquanto Webb consegue captar ondas infravermelhas. Isso significa que o James Webb é capaz de captar ondas com maior comprimento ou, em outras palavras, que viajaram por mais tempo.

E quando falamos de ondas de luz, quanto mais tempo viajaram, mais sobre o passado conseguimos enxergar. Caso não tenha compreendido o que isso significa, não se preocupe, a explicação não é muito difícil. Isso porque, apesar de a luz ser a matéria com maior velocidade de todo o Universo, ela possui um limite, cerca de 300 mil km/s.

Sabendo que essa velocidade possui um limite, e que tudo o que enxergamos é luz, isso significa que o céu que enxergamos à noite, na realidade, é o passado do Universo. Um exemplo é o nosso Sol. Apesar de estar muito perto da Terra, a luz que ele emite leva oito minutos para nos alcançar.

Então, se o Sol simplesmente desaparecer do nada, levaríamos oito minutos para descobrir que isso aconteceu. Ou seja, vemos o Sol de oito minutos atrás, vemos o seu passado.

O que Webb descobriu sobre a origem do Universo?

Por ser capaz de captar essas ondas de maior comprimento, Webb é capaz de enxergar mais ainda no passado do que era possível. Isso, aliado ao seu espelho maior, possibilita que os cientistas vejam mais espaço e mais passado. Portanto, James Webb foi capaz de captar luzes de apenas alguns milhões de anos após o Big Bang, e isso assustou os cientistas.

Mesmo que os pesquisadores estivessem preparados para obter respostas sobre o início dos tempos, ainda assim o que encontraram não era esperado. Webb exibiu imagens de seis galáxias tão “maduras” quanto a Via Láctea.

Imagem: Nasa, ESA, CSA

E agora você se pergunta: e qual o problema? O problema é que, nessa época, galáxias com essa magnitude não deveriam existir. No máximo, era para vermos apenas algumas galáxias ainda em formação, ou muito jovens.

Descobrir galáxias tão bem constituídas como essas coloca em xeque tudo o que sabíamos sobre a formação do Universo. O professor de Astronomia e Astrofísica Joel Leja, o qual escreveu o relatório disponibilizado na revista Nature, descreve:

“Qualquer cenário requer uma mudança fundamental em nossa compreensão de como o universo surgiu. Observamos o universo primitivo pela primeira vez e não tínhamos ideia do que iríamos encontrar. Acontece que estamos diante de algo tão inesperado que chega a criar problemas para a ciência”.

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